30
2017
CEARÁ – Polícia do Ceará é a 2ª que mais morre e a 13ª que mais mata no país.
A polícia do Ceará é a segunda que mais morre e a 13ª do país que mais mata em intervenções das forças de segurança, de acordo com a 11ª Edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, divulgado nesta segunda-feira (30). Em 2016, 26 policiais, entre civis e militares, foram assassinados no estado; 109 pessoas morreram em consequência de intervenção policial.
Comparando o número de mortes de policiais pela população, o Ceará tem uma taxa de 1,4 mortes de agentes de segurança para cada 100 mil habitantes, o segundo maior índice do país. O Ceará fica atrás apenas do Rio de Janeiro, com 2,3.
Já o índice de população morta em ações policiais é de 1,2 para 100 mil habitantes, de acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em todo o país, foram 4.224 mortos por policiais em 2016 e 437 policiais foram assassinados.
A ação policial aparece como segunda maior causa de óbitos violentos no Ceará, atrás apenas de homicídios. Em 2016 foram mortas por policiais 109 pessoas. O número é 26% superior às 86 mortes causadas pelas forças de segurança em 2015, no Ceará.
Média de 10 mortes por dia
O Ceará registrou 3.566 mortes violentas intencionais em 2016. Se comparados com os registros de 2015, os números são considerados positivos, uma vez que registram queda de 14,2%. Em 2015, o número de mortes violentas intencionais chegou a 4.130. Mesmo com a queda, os números seguem preocupantes, uma vez que representam 9,8 mortes por dia no estado.
A maior parte dessas mortes foi enquadrada como homicídio doloso. Foram 3.334 casos no ano passado, com queda de 15,6% em relação aos 3.334 crimes do mesmo tipo praticados em 2015.
Os roubos seguidos de morte vitimaram 88 pessoas em 2016. Em 2015, foram registrados 65 latrocínios no estado, um crescimento de 35,3%. Considerando as lesões corporais seguidas de morte, também houve aumento de 12,9% no número de ocorrências: de 31 mortes, em 2015, para 35, no ano seguinte. As mortes de policiais fora de serviço também cresceram, de 10 casos, em 2015, para 17, em 2016, crescimento de 70%.
Fonte: G1.CE