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2012
O desafio do Tricolor cearense – 3 anos de espera decididos em 90 minutos.
Ao Fortaleza, faltam apenas 90 minutos para selar o fim de três anos de pagamento de pecados na Série C – ou o amargo fracasso de não conseguir a redenção.
Contra o Oeste, neste domingo, às 16 horas, no estádio Presidente Vargas, o Tricolor do Pici não decide só o acesso para a Série B. Está em jogo a chance de deixar para trás todos os percalços que envolveram o time desde a queda para a terceira divisão após a Série B de 2009 e retomar perspectivas melhores – nas conquistas, nas finanças, e, principalmente, no moral.
Para um time que não perde há 17 jogos e terminou a primeira fase como líder do seu grupo, vencer só mais um jogo (ou empatar em 0 a 0), dentro de casa, com o absoluto apoio da torcida, parece uma missão fácil. Mas é justamente aí que está o perigo. “Temos que ter o cuidado de atacar com segurança”, alertou o volante Careca. “Daqui a dois anos ninguém vai lembrar se jogamos bem. Precisamos decidir a vida em 90 minutos”, pregou o meia Geraldo.
O maior temor da torcida, caso o time falhe na sua missão, é encarar mais um ano difícil, de um clube vivendo como um gigante encalhado. Mas o que anima é perceber que, nos últimos quatro anos, não houve tempo que se assemelhasse ao atual. Em 2009, o clube rumou para a Terceira Divisão ao ser rebaixado antes mesmo da última rodada, fechando um ano de sete técnicos diferentes.
Em 2010, o Fortaleza não perdeu na Série C. Mas isso não adiantou. Com seis empates e só duas vitórias, parou na primeira fase. No ano passado, o drama foi pior. Só foi possível escapar de nova queda com o placar de 4 a 0 conquistado sobre o CRB nos instantes finais, jogo cujas acusações de que o adversário teria facilitado o resultado foram julgadas improcedentes pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Jogo do século
Agora, o peso do passado precisa ser posto de lado. Depois de um primeiro semestre sólido sob o comando de Nedo Xavier (demitido após não vencer os dois primeiros jogos desta Série C), o Fortaleza encontrou seu prumo com Vica. O técnico desconhece o que seja derrota à frente do Leão. São 11 vitórias e seis empates.
Basta mais uma partida. Empatar em 0 a 0, benefício conquistado após o 1 a 1 no jogo de ida, em Itápolis, ou vencer. Para tentar dar o sonhado adeus à Série C, Vica leva a campo um Fortaleza com Waldison no lugar de Jaílson; Esley, que conseguiu efeito suspensivo e Ciro Sena, absolvido do julgamento do meio de semana. “A competição não acabou. O Oeste é um time de qualidade. Vamos manter a seriedade”, garantiu Waldison.
SÉRIE C 2012
FORTALEZA
TÉCNICO: VICA
FEC: 3-5-2
LOPES, RAFINHA, MICÃO, CIRO SENA, GUTO, ÉLTON, FABRÍCIO
ESLEY, GERALDO, ASSISINHO, WALDISON
OESTE
TÉCNICO: L. CARLOS MARTINS
OES: 3-5-2
FERNANDO LEAL, LIGER, ALEX SILVA, PIAUÍ, DEDÊ, EDUARDO
DEZINHO, PAULO VITOR, THIAGO SILVY (M. BEIJA-FLOR)
SERGINHO, DIONÍSIO
Local: Estádio Presidente Vargas
Hora: 16 horas
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (CBF-PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Pedro Martinelli Christino (PR)
Transmissão: TV Diário, Rádio O Povo/CBN (AM 1010 e FM95.5)
Esquema
Segurança para o jogo vai ser no estilo de um clássico-rei. Serão pelo menos 250 policiais militares dentro e fora do estádio
Lotação
Fortaleza deve ter, contra o Oeste, o maior público do novo Presidente Vargas. Todos os ingressos foram vendidos.
(O POVO)
Sobral Agora.