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2015
CEARÁ – Assassinos que gravaram vídeo são condenados a quase 30 anos de prisão
Para quem pensa que o “crime compensa” e acha que não vai dar em nada, deu…
O 5º Tribunal do Júri de Fortaleza condenou o réu Jorge Maciel de Sousa, à pena de 28 anos e três meses de reclusão, e o réu Matheus Rodrigues da Rocha, à pena de 27 anos e três meses de reclusão, em regime inicial fechado, além da pena de multa cumulativamente aplicada, pela prática dos crimes de homicídio duplamente qualificado da vítima Fábio Rodrigues da Silva e de associação para o tráfico. O homicídio, ocorrido no bairro Ancuri em 17 de fevereiro deste ano de 2015, teve grande repercussão por ter sido gravado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.
A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Franke José Soares Rosa, e o julgamento realizado sob a presidência da juíza Valência Maria Alves de Sousa Aquino, ambos da 5ª Vara do Júri de Fortaleza. Os réus responderam ao processo presos e não terão o direito de apelar em liberdade. A progressão de regime, no caso, exige o cumprimento de no mínimo 40% do total da pena imposta, além de possuírem bom comportamento durante todo esse período.
O adolescente que praticou o crime, juntamente com os demais, já havia sido condenado em maio deste ano pelo Juízo da 1ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, recebendo a pena máxima prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, de até 3 anos de internação.
Outra pessoa identificada, Ariadna Lima Cordeiro, conhecida por “Novinha” ou “Nobinha”, também foi denunciada e teve a prisão preventiva decretada, sendo considerada foragida pela Justiça. Ela poderá receber pena ainda superior, dentre outras razões pelo fato de ter dirigido a atividade dos demais envolvidos, o que constitui uma agravante de acordo como Código Penal. Foi ela quem gravou o vídeo compartilhado nas redes sociais.
Segundo o promotor de Justiça Franke José Soares Rosa “o que permitiu o julgamento do caso ainda este ano foi o trabalho conjunto entre a Polícia Civil, a Polícia Militar, o Ministério Público e o Poder Judiciário, com a colaboração da população que forneceu informações importantes para a identificação dos envolvidos”.
(MPCE)