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2013
MUNDO – Professor brasileiro entre os melhores dos EUA.
O presidente americano Barack Obama recebeu para uma homenagem na Casa Branca na terça-feira, dia 23 de abril, os finalistas do concurso Professor do Ano.
O americano Jeff Charbonneau, professor de ciências de uma escolar de ensino médio, foi o grande vencedor da disputa e recebeu um troféu de Obama. O brasileiro Alexandre Lopes também participou da cerimônia e recebeu os cumprimentos pelo seu trabalho com educação infantil.
Obama disse que os educadores escolhem a profissão de ensinar pela paixão em ajudar as crianças. “Eles estão enchendo as mentes jovens, com virtudes e valores”, disse. “Eles estão ensinando nossos filhos a cooperar e superar os obstáculos”, completou o presidente, que posou para fotos ao lado dos professores e ainda aproveitou para fazer brincadeiras.
Jeff Charbonneau, 35 anos, leciona desde 2001 para alunos Zillah High School, em Zillah, no Estado de Wahshington. Ele desbancou o brasileiro, que havia vencido a competição de melhor professor da Flórida por suas aulas na educação infantil. Outros dois docentes do ensino médio disputavam o prêmio, criado em 1952 como forma de estimular o trabalho dos educadores.
“As rugas são testemunho das horas de risadas e momentos de alegria que vêm de compartilhar a arte da descoberta com nossos alunos”, disse o professor campeão.
Professor brasileiro não pensava em dar aulas
Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Alexandre Lopes chegou a final do concurso de melhor professor após percorrer várias etapas. Primeiro, concorreu na escola em que leciona, a Carol City Elementary, depois, na região central e no condado de Miami-Dade, até chegar ao Estado da Florida.
Em cada etapa, é necessário um trabalho escrito que demonstre a filosofia e a prática educacional do docente, entre outros quesitos. Os candidatos também são entrevistados e observados em sala de aula pelo comitê de seleção. Quando se apresentam para as entrevistas formais, têm 30 minutos para escrever uma redação sobre um tema surpresa.
Logo que chegou aos Estados Unidos, contudo, o brasileiro ainda não pensava em ser professor. Lopes trabalhou como comissário de bordo, voando rotas latino-americanas como intérprete de português e espanhol. Quando a vocação começou a se manifestar, procurou um mestrado na área de ensino, especializando-se em educação especial na primeira infância na Universidade de Miami.
Foi no mestrado que o professor começou a se envolver com o programa de inclusão para crianças com autismo em sala de aula. No programa, alguns alunos têm autismo e outros têm o desenvolvimento típico para a idade. “Minha visão educacional é holística. Cuido do lado acadêmico, mas também do lado social e emocional de meus alunos”, contou em entrevista ao Terra no ano passado.
Fonte: Terra.