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2022
BRASIL – CORRUPÇÃO: Pedido de propina em ouro. Verbas da educação em troca de facilitação para construção de igrejas.
Pedido de propina em ouro. Verbas da educação em troca de facilitação para construção de igrejas. Líderes religiosos exercendo funções de lobistas e suspeitos de usurpação de função pública. Um ministro que admite que sua prioridade é atender amigos de um pastor a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro. Esses são os elementos do novo escândalo que atinge o governo. O palco, desta vez, é o Ministério da Educação (MEC), chefiado pelo ultraconservador e pastor presbiteriano Milton Ribeiro.
O MEC tem sido foco de turbulência desde o início do governo Bolsonaro, tendo sido ocupado por personagens ineficientes ou ruidosos como os ex-ministros Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub, que priorizaram a transformação da pasta numa arena para travar “guerra culturais” contra a esquerda, deixando a educação em segundo plano. Com Ribeiro, que assumiu o posto em julho de 2020, o proselitismo ideológico de ultradireita prosseguiu, mas também parece ter começado a se misturar com as atividades de um consórcio político-religioso.
O escândalo
O novo caso estourou após uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 18 de março. Segundo a publicação, dois pastores, sem qualquer vínculo com o setor de ensino e sem oficialmente ocupar cargo público, têm conduzido a agenda do ministro Ribeiro e agido como lobistas, atuando na liberação de recursos federais para municípios. Assim como ocorreu no Ministério da Saúde ao longo da pandemia, o MEC também parece ter seu próprio “gabinete paralelo”, formado por figuras sem vínculo formal com a pasta e que agem nas sombras, longe do escrutínio público.
De acordo com a denúncia, os pastores franqueiam acesso ao ministro para prefeitos interessados em obter verbas do MEC para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos.
Normalmente, o processo de destinação de verbas do ministério é conhecido pela sua lentidão e burocracia. Mas, com o intermédio dos pastores, vários pedidos de prefeitos estariam sendo atendidos em tempo recorde, especialmente em casos que envolvem prefeituras controladas por partidos que compõem a base do governo, como PL e Republicanos.
Veja imagem do Bolsonaro junto aos “pastores” que mandam no “orçamento do MEC.”
FALSO – O Bolsonaro se elegeu num discurso que no seu governo não iria ter CORRUPÇÃO. Seus aliados acreditavam que o “Mito” não roubaria e nem deixaria roubar, como diziam acontecer nos “governos anteriores”. E agora as BOMBAS estão estourando todos os dias, num governo CORRUPTO, onde “amigos” estão intervindo dentro do governo federal, que assumidamente, tem “ORÇAMENTOS PARALELOS”, e o pior, estão sendo utilizados para angariar VOTOS para tentar reeleger Bolsonaro e alguns dos seus aliados. UMA VERGONHA.
E ainda acham que o TSE e o STF não podem intervir. É CORRUPÇÃO PURA!!! Cadeia para os LADRÕES do Governo Bolsonaro.
Veja o Editorial do Jornal O POVO desta terça feira(23).
É desanimador, quando se sabe que a educação é um bem essencial à democracia e um dos pilares de desenvolvimento de qualquer país, ouvir o titular da pasta tratar o tema como mero objeto de negociações políticas espúrias.
É isso que revela um áudio, gravado em uma reunião de prefeitos — divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo —, na qual o ministro da Educação, Milton Ribeiro, expõe a forma como distribui recursos sob a responsabilidade de sua pasta
Ele esclarece, sem meias palavras, ter recebido um “pedido especial” do presidente da República, Jair Bolsonaro, para atender primeiro os municípios que mais precisam e, “em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”.
Os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, apesar de não terem nenhum cargo oficial, compunham uma espécie de “gabinete paralelo” no Ministério da Educação, intermediando liberação de verbas e indicando municípios que deveriam ser priorizados na distribuição dos recursos.
Segundo publicou o jornal O Globo, os dois pastores já eram apontados como “lobistas” no MEC e tinham “as portas abertas no alto escalão do governo federal”. Eles se encontraram quatro vezes com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo já havia divulgado a atuação irregular dos religiosos no MEC, pelo menos desde 2021. O tema ganharia ainda maior repercussão depois da divulgação dos áudios pela Folha. ( Leia mais AQUI )
Fonte: MW.COM/made for minds.