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2021
CEARÁ – Janeiro de 2021 foi o segundo mês com mais mortes de crianças com Covid-19 no Ceará.
Elas estavam apenas no início da vida, mas 12 crianças de zero a 14 anos faleceram por conta da Covid-19 no Ceará, apenas em janeiro de 2021. Esse foi o segundo maior registro de óbitos na faixa etária desde o início da pandemia, atrás apenas de maio de 2020, mês do pico da primeira onda de transmissão, que teve 18 mortes.
Os dados são da plataforma IntegraSUS, alimentada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), e foram colhidos na manhã desta quarta-feira (3).
Dos 12 óbitos de janeiro, nove atingiram o grupo mais jovem: meninos e meninas que tinham até quatro anos de idade. Outras duas vítimas tinham entre cinco e nove anos e, mais uma, entre 10 e 14.
Em maio de 2020, dos 18 mortos, 12 tinham até quatro anos, três entre 5 e 9 anos e, mais três, entre 10 e 14. Entre março do ano passado e fevereiro deste, 53 crianças perderam a vida pela doença pandêmica em todo o Estado.
Novos casos em alta
Desde o início da pandemia, 26.649 casos da Covid-19 foram confirmados em crianças de zero a 14 anos no Ceará, de acordo com o IntegraSUS. Após sucessivos decréscimos entre julho e outubro, as confirmações voltaram a aumentar em novembro do ano passado.
O maior incremento ocorreu entre dezembro e janeiro. No primeiro, foram 1.822 diagnósticos positivos. No segundo, 2.476, um aumento expressivo de 35,9%.
Até o momento, fevereiro segue uma tendência de alta. Conforme os dados disponibilizados até esta quinta-feira (4), foram 2.507 positivações. O número pode ser atualizado com a liberação de mais exames nos próximos dias.
Segundo o último boletim epidemiológico da Sesa, entre os dias 1º e 20 do mês passado, 439 bebês com menos de um ano de vida foram confirmados com a doença no Estado.
Vacina para crianças
Embora a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil já tenha sido iniciada, o imunizante ainda não está disponível para toda a população – incluindo crianças, adolescentes e gestantes.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os testes das vacinas já liberadas no Brasil foram feitos apenas em indivíduos a partir de 18 anos. Os demais grupos precisam esperar até que haja estudos específicos, necessários para definir a dosagem correta, a segurança e a eficácia.
Fonte: Diário do Nordeste.