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2025
BRASIL – Afundados na maior crise da história, Correios anunciam plano radical de reestruturação que pode fechar até 1.000 agências e afetar municípios cearenses
Os Correios vivem a mais profunda crise financeira e operacional de seus mais de 360 anos de existência. Para tentar evitar um colapso institucional, a estatal lançou um ambicioso plano de reestruturação que prevê captação de R$ 20 bilhões, Programa de Demissão Voluntária (PDV), venda de imóveis, redução de custos e o fechamento de até 1.000 pontos de atendimento — medida que deve atingir diretamente municípios do Ceará e de outros estados do Nordeste.
O plano, aprovado recentemente pelos conselhos da estatal, foi antecipado em outubro pelo presidente da empresa, Emmanoel Rondon, e reúne três eixos centrais:
1) Recuperação financeira
• Implementação de um novo PDV, destinado a reduzir despesas com pessoal.
• Corte expressivo nos gastos com planos de saúde, considerados um dos maiores passivos da empresa.
• Captação de R$ 20 bilhões no mercado para aliviar o caixa e financiar a modernização da operação.
2) Consolidação do modelo
• Fechamento de até 1.000 agências deficitárias, muitas delas em pequenas cidades — o que preocupa prefeitos e população dependente dos serviços postais tradicionais.
• Modernização tecnológica, com atualização de sistemas logísticos, automação de processos e aumento da capacidade de rastreamento e atendimento digital.
3) Crescimento estratégico
• Monetização de ativos: os Correios identificaram R$ 1,5 bilhão em imóveis e terrenos aptos à venda.
• Ampliação do portfólio voltado ao comércio eletrônico, setor que cresceu mas que hoje enfrenta forte concorrência privada.
• Estudo de fusões e aquisições para reconstrução da empresa no médio prazo.
SEM DETALHES
Apesar do anúncio amplo, o comunicado oficial da estatal não detalha como cada medida será implementada, especialmente no que diz respeito ao fechamento das agências e ao cronograma de desmobilização de imóveis e pessoal.
A falta de clareza aumenta a apreensão entre funcionários e consumidores, sobretudo em municípios menores onde os Correios são o único canal de envio de documentos, encomendas e correspondências.
O plano de reestruturação marca um momento decisivo para a sobrevivência da empresa, que tenta equilibrar suas contas, modernizar serviços e enfrentar a concorrência direta de plataformas privadas de logística e e-commerce.
Fonte: Ceará Agora
Postado por Bené Fernandes







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