22
2025
MUNDO – GUERRA: Câmara do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz; decisão pode impactar economia brasileira.
O Parlamento do Irã aprovou neste domingo, 22, medida que prevê o fechamento do Estreito de Ormuz, rota estratégica para o transporte global de petróleo e gás natural, em resposta aos bombardeios dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas no dia anterior.
O anúncio, feito por meio de um veículo de imprensa local, diz que a decisão final, contudo, cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional, e ainda não foi informado um prazo para que ela seja tomada.
Em entrevista à emissora Press TV, o general Esmaeil Kousari, integrante da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento, afirmou que os deputados iranianos concluíram “que o Estreito de Ormuz deve ser fechado, mas a decisão final a esse respeito cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional”.
Se confirmado, o bloqueio pode pressionar os preços do petróleo e do gás no mercado internacional, além de provocar atrasos no abastecimento global dessas commodities.
A 5ª Frota da Marinha dos Estados Unidos é a responsável pelo monitoração da navegação comercial no Estreito de Ormuz. Agências marítimas orientaram navios petroleiros a terem maior cautela ao navegar pela região.
Economia brasileira pode ser afetada
O embate entre Irã e Israel tem potenciais impactos em diversos segmentos da economia brasileira. Petróleo (combustíveis), frete, inflação e fertilizantes são algumas frentes que refletem no Brasil.
Um exemplo é que, na sexta-feira, 13, apenas algumas horas após o início do conflito, o barril de petróleo tipo Brent (referência global) chegou a US$ 74, enquanto no dia 12 estava por cerca de US$ 69, com uma alta aproximada de 7%.
Na segunda-feira, 16, entretanto, o valor cobrado pelo recurso apresentou recuo, chegando a US$ 71,88, às 11h15min, segundo dados da Investing.com. Porém, o custo se mantém acima do aplicado antes do início do embate entre os dois países do Oriente Médio.
Um dos setores mais afetados, para o conselheiro do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon), Thiago Holanda, é o de transportes. Isso porque “a Petrobras, mesmo tentando suavizar a volatilidade, não consegue se descolar completamente de uma alta externa prolongada, sendo pressionada a reajustar os preços para se manter competitiva e financeiramente sustentável.”
Fonte: O POVO.