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2023
BRASIL – Cearense Wellington Macedo é transferido de Foz do Iguaçu para Brasília em avião da Polícia Federal
O cearense Wellington Macedo de Souza foi transferido de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para Brasília, no início da tarde desta sexta-feira (15). O radialista Maxcione Pitangui de Abreu, preso no Paraguai junto com o blogueiro, também foi transferido.
Wellington estava foragido desde janeiro deste ano, sendo um dos condenados pela tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, ano passado, na véspera do Natal.
Já o radialista do Espírito Santo é suspeito de organizar e incentivar atos antidemocráticos e estava foragido desde dezembro de 2022 após ter a prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Ambos foram presos na última quinta-feira (14), no Paraguai, e entregues à Polícia Federal pela Ponte da Amizade, que conecta a Cidade do Leste a Foz do Iguaçu.
ENTENDA A CONDENAÇÃO DE MACEDO
Segundo as investigações policiais, Macedo usou o próprio carro para, na véspera do Natal, levar Alan Diego dos Santos, que carregava a bomba, às proximidades do aeroporto de Brasília, e ajudar a colocar o artefato dentro de um caminhão com querosene. No entanto, devido a uma falha técnica na montagem, a explosão acabou não se concretizando.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o cearense foi condenado por expor a perigo de vida a integridade física de outros mediante explosão, arremesso ou colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos.
“O crime foi premeditado. O acusado conheceu pelo menos um dos co-autores em Brasília, no acampamento montado em frente ao QG do Exército. As emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido de George [Washington], o qual, após a montagem, entregou o artefato explosivo para Alan [dos Santos], que, por sua vez, ligou para o acusado e se encarregaram de tarefa importante, a colocação do artefato no local escolhido”, escreveu o juiz na sentença.
QUEM É WELLINGTON MACEDO?
Macedo foi candidato a deputado federal pelo PTB nas eleições gerais do ano passado. Ele é apoiador do ex-presidente Bolsonaro e chegou a integrar o quadro de comissionados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, dissolvido no início deste ano, mas que era comandado pela então ministra Damares Alves.
Fonte: Diário do Nordeste.