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2022
CEARÁ – BRIGA?: PT do Ceará fala em “rompimento tácito e unilateral” do PDT ao escolher Roberto Cláudio como candidato.
Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) reuniram-se na tarde desta terça-feira (19), para definir os novos rumos após definição do nome do candidato ao Governo do Estado pelo PDT. De acordo com decisão do diretório petista, a sigla pedetista optou pelo “rompimento tácito e unilateral” ao escolher Roberto Cláudio como o nome que vai representar a base governista nas eleições deste ano.
O PT reuniu as bancadas federal e estadual, além de vereadores e lideranças petistas nesta tarde. O partido vai defender a tese de que foram os pedetistas que escolheram o rompimento. A sigla solidarizou-se com a governadora Izolda Cela, defendeu as pré-candidaturas de Lula à Presidência e Camilo Santana ao Senado e afirmou que vai buscar aliados para dialogar sobre os próximos passos.
“A exclusão de Izolda representou igualmente a negativa do diálogo na busca de consenso e o pouco apreço à aliança, aos aliados e sobretudo, o desprezo às conquistas e melhorias alcançadas na vida dos cearenses por conta do seu trabalho, junto com Camilo nos anos recentes”, diz o PT em nota.
Segundo o comunicado, “prevaleceu a arrogância, o capricho e a expressão de mando que subjugou os interesses dos cearenses à obsessão de poder de um só. Esse veto materializou ainda o rompimento tácito e unilateral da aliança até então estabelecida”. A nota é concluída com solidariedade à Izolda, reiterando o compromisso com as pré candidaturas do ex-governador Camilo Santana para o Senado, de Lula para presidente “e que continuará o diálogo com os demais partidos aliados”.
O PT diz ainda que defendeu e continua defendendo uma ampla aliança para as eleições de 2022 no Estado, “a partir de uma candidatura ao Governo capaz de unir toda a base de sustentação do governo Camilo/Izolda, reconhecendo inclusive a primazia do PDT na escolha do nome, reivindicando, apenas e tão-somente, um amplo diálogo com os partidos aliados no processo de definição da candidatura”.
“Infelizmente não foi o que se verificou. O PDT se fechou em copas. Tratou todas as tentativas de diálogo prévio à sua escolha como intromissão indevida. Ignorou inclusive as manifestações públicas de preferência de partidos aliados, lideranças, inclusive do ex-governador Camilo Santana pelo nome de sua filiada e atual governadora Izolda Cela, que, no cargo, manifestou publicamente seu interesse e sua legítima pretensão de postular sua reeleição”, diz.
“A prerrogativa antes reconhecida a quem, no cargo, postulou a reeleição, foi solenemente negada pelo PDT à governadora Izolda, num triste espetáculo de constrangimento público da primeira mulher a chegar ao governo do Estado. A Izolda Cela nossa solidariedade e nosso reconhecimento do seu valor, da sua dignidade e de sua extraordinária contribuição ao Ceará em todas as funções públicas que brilhantemente desempenhou e desempenha. A negação do seu direito à reeleição, pelo seu partido, ficará registrada com uma triste página na história política do Ceará” – (Partido dos Trabalhadores)
Fonte: Blog do Edison Silva.