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2021
BRASIL – Suspeito de desviar R$ 100 milhões, padre Robson é alvo de pedido de prisão da PF ao STJ
Investigado por suspeita de desviar dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), o padre Robson de Oliveira, de Goiás, se tornou alvo de um pedido de prisão feito pela Polícia Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na solicitação, a PF aponta que o religioso teria movimentado mais de R$ 100 milhões em doações de fiéis. Os valores, que deveriam ter sido aplicados na construção de uma nova Basílica, serviram para o sacerdote comprar fazendas, casa de praia e até um jatinho, segundo indicam investigações do Ministério Público Goiano.
Durante o período em que esteve como reitor do Santuário Divino Pai Eterno, entre 2003 e agosto de 2020, padre Robson figurou entre as lideranças religiosas mais populares do País. Há alguns anos ele havia iniciado campanha de arrecadação entre os fiéis para a construção da Basílica de Trindade, que tinha a promessa de ser a maior do Estado. A obra, iniciada em 2012, deveria ter sido concluída em 2018, mas o prazo foi adiado para 2026. A PF investiga a relação entre o atraso na construção e os supostos valores desviados pelo padre.
Ao portal de notícias UOL, a defesa de Robson negou que o padre esteja envolvido em irregularidades e disse que não existem motivos para sua eventual prisão. Confiantes de que o pedido não será acolhido pelo STJ, os advogados da sacerdote informaram que sequer estão preparando habeas corpus preventivo e que só o farão caso sejam “surpreendidos” com o deferimento da solicitação feita pela PF. O STJ não informou se há prazo para o julgamento do pedido. O ministro Benedito Gonçalves foi escolhido como relator do caso.
Robson está na mira da Justiça desde a deflagração da Operação Vendilhões, em 21 de agosto de 2020. No dia seguinte, o padre pediu afastamento da Afipe e deixou a reitoria do Santuário. O sacerdote é suspeito de integrar uma organização criminosa, composta por outras 17 pessoas, que teria praticado crimes como lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e apropriação indébita.
Fonte: O POVO