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2020
BRASIL – Ministro Toffoli pede para investigar manifestantes que atacaram sede do STF.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acionou órgãos de investigação para responsabilizar participantes de um ataque ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Na noite de sábado (13), manifestantes lançaram fogos de artifício em direção ao edifício do STF, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Toffoli pediu a investigação dos participantes e financiadores do ato, citando inclusive “eventual organização criminosa”. O presidente do STF resolveu representar contra Renan da Silva Sena e outros envolvidos que forem identificados. Sena, identificado como autor do lançamento de artefatos explosivos contra o prédio do STF e por xingamentos a autoridades, foi preso neste domingo, 14, pela Polícia Civil do Distrito Federal
Conforme o Estadão revelou em maio, Sena é um dos líderes de manifestações pedindo a destituição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a expulsão dos ministros do STF. Ele também foi flagrado, no dia 1º de maio, agredindo uma enfermeira que participava de um ato a favor do isolamento social.
A representação de Toffoli foi encaminhada à Polícia Federal, à Procuradoria-Geral da República, à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito das fake news, aberto para investigar ataques ao Supremo e a outras instituições.
Em nota, Toffoli afirmou que o Supremo “jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão.” Outros ministros do STF também reagiram publicamente.
Responsável pelo inquérito das fake news, Moraes avisou que a lei será “rigorosamente aplicada”. “O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocráticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito”, escreveu o ministro no Twitter.
QUEM É RENAN DA SILVA SENA.
bolsonarista que agrediu enfermeiras em protesto recebia sem ir trabalhar.
Nota enviada pela empresa responsável por Renan da Silva Sena diz que militante pró-Bolsonaro sumiu após ter sido escalado para teletrabalho.
Desligado da empresa terceirizada do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos após agredir enfermeiras durante manifestação em homenagem aos servidores da Saúde, realizada na última sexta-feira (01/05), Renan da Silva Sena era procurado por ter desaparecido do serviço após ser escalado para realizar o teletrabalho. O agressor foi incluído no considerado “grupo de risco” e, por isso, precisava exercer as funções contratuais da própria casa, fato que não ocorreu.
De acordo com a empresa G4F, responsável pelo contrato, Renan Sena não estava sendo localizado pelo ministério desde que a rotina profissional ganhou novo formato. “Fomos comunicados pelo Ministério, no dia 16 de abril, que o setor ao qual ele estava vinculado não conseguia contato com o então colaborador. Nosso setor de recursos humanos fez todos os esforços para localizá-lo, pois havia uma suspeita de que ele poderia estar com problemas de saúde”, registrou o grupo, em nota enviada à imprensa.
Ainda segundo a terceirizada, o manifestante pró-Bolsonaro somente foi encontrado quase um mês depois. “Verificamos e reportamos aos gestores do contrato que o afastamento dele não era justificado. No mesmo dia, o MDH solicitou o desligamento do citado funcionário. Em atenção à legislação trabalhista, o procedimento adotado foi o de descontar os dias não trabalhados e encerrar o contrato ao final do prazo de experiência, no dia 4 de maio”, reiterou a empresa.
Fonte: Diário do Nordeste.