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2017
BRASIL – Michel Temer “Não renunciarei”. Confira o vídeo.
O presidente Michel Temer (PMDB) disse nessa quinta-feira (18) que não vai renunciar ao cargo e que não agiu para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em rápido discurso no Palácio do Planalto, Temer chamou as gravações de “clandestinas”, afirmou que não tem “nada a esconder” e que, por isso, não precisa de foro privilegiado.
Caso renunciasse ao cargo de presidente da República, o peemedebista perderia a prerrogativa de ser investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
“Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meu atos. Exijo investigação plena e que dê muito rápido esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade não pode existir por muito tempo”, declarou Temer. “Não comprei o silêncio de ninguém, porque não temo nenhuma delação premiada. Não preciso de cargo público, nem de foro especial. Não tenho nada a esconder. Sempre honrei meu nome e nunca autorizei que utilizassem meu nome indevidamente. E, por isso, quero registrar enfaticamente que investigação pedida pelo STF será território onde surgirão todas as explicações”, completou.
Requerimento
O presidente entrou com requerimento no STF para pedir ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte, acesso à íntegra das gravações de Joesley Batista. Segundo delação do empresário, Temer deu aval para a compra do silêncio de Cunha, preso desde outubro do ano passado em Curitiba, o que o presidente nega. O peemedebista ressaltou os índices econômicos em recuperação para dizer que não se pode “jogar no lixo” todo o trabalho feito pelo seu governo no país.
“A revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta os fantasmas da crise política ainda de proporção não dimensionada. O imenso esforço de tirar o país da recessão pode se tornar inútil. Não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho feito ao país”, disse Temer.
Joesley divulga carta
O empresário Joesley Batista, presidente da JBS, cuja delação premiada levou à abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, divulgou carta em que admite que errou e pede desculpas. “Não honramos nossos valores quando tivemos que interagir, em diversos momentos, com o Poder Público brasileiro”, afirma.
Em referência à gravação da conversa com Temer, Batista diz que concordou “em participar de alguns dos mais incisivos mecanismos de investigação existentes” e que se colocou “à disposição da Justiça para expor, com clareza, a corrupção das estruturas do Estado brasileiro”.
Confira a entrevista do Michel Temer:
O vídeo é da TV Record.
Fonte: Via Jornal o Estado-CE.