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2017
CEARÁ – CONFUSÃO: Advogada que levou tapas de policial critica alegação dele: “Nada justifica a agressão”.
O policial Allan Kardek, que deu dois tapas na advogada Astésia Teixeira na Av. Beira Mar, em Fortaleza, fez uma postagem em seu Facebook em que dá a entender que aconteceu algo antes do momento da gravação do vídeo que pode justificar a agressão. Mesmo sem ter visualizado a publicação do policial, Astésia afirma que nada justifica.
“Existem muitas verdades para além dos poucos segundos de gravação. O que aconteceu antes do fragmento do vídeo viralizado? Infinitos segundos, cruciais segundos”, insinua Allan em sua publicação.
O policial ainda contou com o apoio do Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Costa. O titular da SSPDS compartilhou o texto do policial. Na publicação ele deseja força a Allan Kardek e o chama de “guerreiro”.
André Costa afirma que o policial é um ser humano que tem uma história de vida de dificuldades, conquistas e superação. Além de afirmar que Allan Kardek está arrependido.
“Somos homens e mulheres que sabem assumir quando erramos e sabemos pagar pelos erros, e você, guerreiro, já está pagando muito pelo que aconteceu. Sei de seu arrependimento, papel de homem e cristão, e essa humildade em reconhecer é louvável”, enfatiza o secretário.
Policial que agrediu advogada se justifica: “Ninguém viu o que aconteceu antes do vídeo”
A advogada Astésia Teixeira relata que estava fazendo caminhada na Beira Mar, e no momento presenciou um assalto, em que a vítima era adolescente e foi agredida pelo assaltante. Em seguida, ela viu que os policiais se aproximavam, então resolveu contar o que testemunhou, porém foi agredida com dois tapas no rosto.
Astésia afirma que o policial é “despreparado para a função”, além de usar de abuso de autoridade. A vítima da agressão e Marcelo Mota, presidente da Ordem dos Advogados do Estado do Ceará (OAB-CE), esperam as punições cabíveis ao policial e que ele seja expulso.
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (Assof) emitiu uma nota nas redes sociais falando sobre a investigação do caso e em defesa do profissional militar. Na nota, a associação reconhece o fato e que as investigações do ocorrido já aconteceram, porém critica o fato que o policial já está sendo julgado pela opinião pública, e que o profissional não teve direito de defesa.
Veja o vídeo com o ato da agressão do policial:
Fonte: Tribuna do Ceará.