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2016
CEARÁ – TRISTE: Estudante estrangeiro é suspeito de estupro na UNILAB, em Redenção.
Um suposto crime de estupro envolvendo dois estudantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, no Maciço de Baturité, ocorreu durante o último final de semana no município. A vítima seria uma estudante da mesma universidade. Durante esta semana, diversos universitários se manifestaram contra a violência e manifestaram apoio à vítima.
Ainda em apoio à estudante, paredes do Campus da Liberdade, em Redenção, amanheceram pichadas. Entretanto, as marcas já foram apagadas. As pichações pediam justiça pelo crime. “A Unilab é suja”, dizia uma das mensagens. Para esta quinta-feira (23), todos os estudantes da instituição foram convocados a participar de uma reunião sobre o assunto no Núcleo de Gênero e Sexualidades (NPGS) da Unilab.
Fotos do suposto autor do estupro, que chegou a ser detido no fim de semana, mas foi liberado, circularam nas redes sociais. Em um grupo de estudantes, o universitário afirma que provará sua inocência. Aqueles que apoiam a universitária que teria sofrido a violência dizem que a universidade pretende abafar o caso.
Em nota, a Reitoria da Unilab se manifestou sobre o caso. Leia a nota na íntegra:
“A Reitoria da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) tomou conhecimento de que, no último final de semana, uma estudante teria sido violentada sexualmente por um estudante. Mesmo o episódio tendo acontecido em espaço externo à universidade, a instituição procurou, desde o primeiro momento, inteirar-se do fato e dar o apoio social e psicológico necessário aos estudantes envolvidos.
Ainda no fim de semana, a Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis (Propae), por meio do Núcleo de Gênero e Sexualidades (NPGS), acompanhou a estudante no serviço de saúde e no Instituto Médico Legal e, na segunda-feira (20), a equipe da Coordenação de Políticas Estudantis/Propae prestou auxílio com assistente social e psicóloga, bem como atuou na articulação com a rede de atendimento social do município e com a Coordenadoria de Políticas para as Mulheres do Estado do Ceará.
A equipe da Propae fez contato com o estudante acusado da agressão, no intuito de colocar à disposição suporte social e psicológico, e este informou que consultará seu advogado de defesa a respeito. Pelo fato de ambos serem estrangeiros, a Pró-Reitoria de Relações Institucionais (Proinst) também acompanhou o caso desde o início e o pró-reitor esteve na delegacia onde o acusado foi detido, no sentido de obter informações para compor relatório a ser enviado à Reitoria, à respectiva embaixada e à Divisão de Temas Educacionais do Ministério das Relações Exteriores, dando ciência do fato.
A questão já está judicializada e a Unilab acompanha o desenrolar do processo. Embora não seja da competência da universidade o que se refere ao aspecto judicial e policial, principalmente porque o fato não ocorreu em ambiente e contexto institucionais, estamos dando o suporte possível. A Unilab ainda não possui um regime disciplinar próprio para estudantes e o Conselho Universitário, os conselhos de unidade e a comunidade acadêmica devem se empenhar na construção desse regramento. Antes da finalização do processo de reforma do Estatuto e de construção do Regimento Geral da Unilab, o reitor pro tempore submeterá ao Conselho Universitário uma proposta de resolução específica sobre atos de violência sexual e de assédio, no sentido de inibir casos e de aplicar penalidades acadêmicas aos que forem considerados culpados. Garantindo o respeito a todos, a Unilab não terá posicionamento conivente com nenhum tipo de violência sexual e de assédio”.
Fonte:CNEWS