Os médicos residentes do Ceará paralisaram as atividades por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (26).
Segundo a Associação dos Médicos Residentes do Ceará (Amerece), a paralisação mobiliza cerca de 500 médicos em todo o estado e compromete o atendimento de pelo menos 52 serviços de residência médica em hospitais públicos, filantrópicos e ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas 30% serviços de UTI, emergência e urgência continuam funcionando.
Ainda de acordo com a Amerece, as reivindicações da categoria incluem a falta de insumos e melhores condições de trabalho. A associação denuncia que a falta de materiais tem comprometido a realização de exames, cirurgias e o atendimento em laboratórios. Para marcar o início da paralisação, cerca de 200 médicos fizeram uma passeata saindo do aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza, em direção à Escola de Saúde Pública na manhã desta quinta-feira.
A Amerce também informou ao G1 que já apresentou as reivindicações à Secretaria de Saúde do Ceará, que teria anunciado o repasse de R$ 55 milhões de reais para a compra de insumos hospitalares. A associação aguarda a confirmação dessa verba e diz que vai montar uma comissão para fiscalizar o repasse do recurso.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Ceará, mas até a noite desta quinta-feira, o órgão não se posicionou sobre o caso.