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2015
BRASIL – Nova denúncia de “abuso de poder,” de delegados da PF para forjar depoimentos de delatores.
Dessa informação, muita gente já desconfiava que acontecia. Existe uma orquestração no sentido de “levar empresários, através de pressão” a contar ou inventar estórias para incriminar políticos, principalmente os que são ligados ao PT ou da base aliada da presidente Dilma.
VEJA ESSA – Publicada discretamente na edição deste domingo da Folha de S. Paulo, reportagem do jornalista Aguirre Talento, informa que um delegado da Polícia Federal, enviado a Curitiba para apurar a denúncia de grampo clandestino na cela do doleiro Alberto Youssef, apontou, em relatório interno, manipulação das provas da Lava Jato. “Sugiro que o MPF [Ministério Público Federal] reanalise as provas, inclusive a sindicância da escuta clandestina, se possível refazendo-a, e conduza diretamente a presente investigação ou com grande proximidade a um novo delegado a se indicar, pois não acreditamos mais nas provas antes constituídas”, escreveu o delegado Mário Fanton, que fez acusações diretas a Igor Romário de Paula (à esq.), delegado à frente da Lava Jato. Não se sabe ainda o que o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo fará com o relatório.
VEJA MAIS…
247 – No início de julho, numa das sessões da CPI da Petrobras, o delegado Dalmey Fernando Werlang denunciou que os responsáveis pela Operação Lava Jato haviam utilizado provas ilícitas – notadamente, a partir de um grampo clandestino instalado na cela do doleiro Alberto Youssef (leia artigo de Paulo Moreira Leite a respeito).
Agora, uma nova denúncia, publicada discretamente na edição da Folha de S. Paulo deste domingo(12), aponta outro suposto abuso que teria sido cometido pelos investigadores. Segundo reportagem do jornalista Aguirre Talento, o delegado Mário Fanton, que foi a Curitiba realizar uma sindicância sobre o grampo supostamente ilegal, denunciou pressões recebidas de colegas, lotados no Paraná, para abafar o caso.
No relatório, Fanton citou explicitamente o delegado Igor Romário de Paula, que tem se colocado à frente da Lava Jato, a quem acusou de querer “manipular as provas”.
“Sugiro que o MPF [Ministério Público Federal] reanalise as provas, inclusive a sindicância da escuta clandestina, se possível refazendo-a, e conduza diretamente a presente investigação ou com grande proximidade a um novo delegado a se indicar, pois não acreditamos mais nas provas antes constituídas”, escreveu Fanton.
Esses novos fatos ampliam a pressão sobre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que vem sendo cobrado por advogados e aliados políticos a tentar conter eventuais abusos na Lava Jato.
(Fonte: Br247)