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2025
BRASIL – Senador Humberto Costa assume comando do PT e diz que partido abrirá mão de candidaturas para construir alianças em 2026; no Ceará, MDB será contemplado
O senador Humberto Costa assume interinamente a Presidência da Executiva Nacional do PT e já chega com recado para os aliados do Palácio do Planalto e, também, para os dirigentes estaduais do partido na corrida eleitoral de 2026. Quanto ao PT, Costa admite que a sigla terá que abrir mão de cargos na chapa majoritária para fortalecer a aliança de sustentação da candidatura à reeleição do presidente Lula. Sobre os aliados, ele considera que à base parlamentar aliada deve ser mais fiel aos projetos do Governo na Câmara e no Senado.
DIRETRIZ PARA ALIANÇA EM 2026
A diretriz antecipada por Humberto Costa fortalece a tese defendida pelo próprio Lula de que, para evitar o avanço da direita, especialmente, no Senado, o PT precisa compor alianças. A declaração do novo dirigente nacional do PT significa que, no Ceará, por exemplo, o Partido dos Trabalhadores terá o Governador Elmano de Freitas candidato a um novo mandato e destinará as duas vagas ao Senado para legendas aliadas.
MDB ENTRA NO JOGO
Esse cenário fortalece o deputado federal Eunício Oliveira, do MDB, um dos nomes mais próximos ao Ministro da Educação, Camilo Santana, e pré-candidato a senador. A outra vaga pode ficar com o PSB. Camilo ainda tem expectativas de que o atual senador Cid Gomes, do PSB, concorra à reeleição. Cid demonstra desinteresse pela reeleição, lançou o deputado federal Júnior Mano pré-candidato ao Senado e admite que disputará um mandato à Câmara Federal.
Sobre as alianças para 2026, Humberto Costa é pragmático: ‘’Vamos retomar o Grupo de Trabalho Eleitoral (no PT), com prioridade nas eleições parlamentares. Justamente para termos menos dificuldades na aprovação de propostas. Em muitos lugares vamos apoiar nomes de centro em nome de um projeto maior’’, disse o senador Humberto Costa, em declarações publicadas pelo Jornal O Globo.
Quanto aos partidos aliados, que não demonstram tanto fidelidade ao Governo nas votações de projetos que tramitam no Congresso Nacional, Humberto, também, é direto ao falar, por exemplo, sobre a presença do Centrão (Republicanos, PSD, União Brasil e PSD) na Esplanada dos Ministérios, mas que a reciprocidade não tem sido à altura do espaço que as legendas dispõem na administração Lula.
‘’O presidente tem trabalhado para que a reforma amplie a base de sustentação. Ainda estamos na expectativa de que movimentos Lula vai fazer. O Centrão já tem 12 ministérios, a maioria deles é forte, com recursos e orçamento. Qualquer movimento deve garantir a reciprocidade desses partidos que têm ministérios fortes e não nos garantem apoio permanente e estável. Mas, o presidente Lula saberá o que fazer’’, disse Humberto Costa, que com a saída de Gleisi Hoffmann, para o Ministério das Relações Institucionais do Governo Federal, assume o mandato-tampão de presidente nacional do PT.
Fonte: Ceará Agora.