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2023
CEARÁ – Grupo de Cid se aproxima do Podemos, tem simpatia pelo PSB e fica longe do PT
Dia 4 de dezembro é a meta do prazo estabelecida pelo senador Cid Gomes e seu grupo de aliados para definir o futuro partidário, em meio a uma saída em massa do PDT. Com negociações ainda em curso, a promessa é de uma decisão coletiva.
A decisão para o dia 4 se desenha entre três prováveis destinos para o bloco de mais de 40 prefeitos, 14 deputados estaduais (em exercício e suplentes), e 5 deputados federais (em exercício e suplentes): Podemos, PSB e PT. Paulinho da Força chegou a telefonar convidando o grupo para o Solidariedade, mas a conversa não avançou. Avante, Republicanos e mesmo PSD são hipóteses cogitadas para ao menos parte do grupo — mas Cid defende a filiação de todos juntos.
Comitiva se reúne com partidos
Enquanto Cid aguarda um encontro com o presidente Lula, uma comitiva de parlamentares pegou carona na posse de Teodoro Silva Santos como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para ir a Brasília e conversar com representantes dos partidos em análise.
Com o Podemos estiveram os deputados estaduais Guilherme Landim, Osmar Baquit e Jeová Mota; os federais Leônidas Cristino, Eduardo Bismarck e Robério Monteiro, mais o prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro. Com o PSB esteve o mesmo grupo, mais o deputado federal Mauro Filho.
Podemos tem vantagens
Destas conversas, o Podemos tem uma vantagem, na opinião de parlamentares pedetistas com quem O POVO conversou. O relato é de que os diálogos foram mais objetivos e até do espaço a ser ocupado pelo grupo em comissões foi tratado.
Bismarck Maia, prefeito de Aracati e presidente do Podemos Ceará, afirmou estar entusiasmado para fechar acordo, embora precise aguardar a decisão final. “Estou otimista sim”, disse.
Conversas com o PSB
Já do lado do PSB, o partido tem uma simpatia de parte dos parlamentares por já terem sido filiados até 2013 e por terem saído sem problemas ou conflitos. A reunião com o presidente nacional Carlos Siqueira e Eudoro Santana, presidente estadual, porém, não foi considerada tão objetiva quanto a do Podemos.
Um fator que poderia dificultar uma ida em massa ao PSB seria a intenção de formar uma federação entre o partido e o PDT para 2026. Alguns parlamentares mencionam a situação. Mas, um dos membros do partido confidenciou que isso não seria impeditivo. O grupo, afinal, continuariam a ter a maioria no Ceará, como têm hoje no PDT. E, no caso da federação, teriam respaldo e apoio da nacional, diferentemente do que ocorre no PDT com André Figueiredo e Carlos Lupi.
Embora a comitiva tenha se reunido com Podemos e PSB, o grupo ainda não se encontrou para finalmente decidir coletivamente para qual partido irão.
Fonte: O POVO.