Protestos de caminhoneiros bolsonaristas em diversos estados brasileiros atrapalharam o trânsito nas rodovias e levaram ao atraso de viagens de ônibus. Muitos passageiros foram pegos de surpresa no meio do caminho. Os manifestantes – que protestam contra o resultado das eleições – fecharam, total ou parcialmente, as estradas, usando os próprios veículos como bloqueio ou ateando fogo em pneus e outros materiais.
Segundo balanço parcial da PRF, divulgado no início da noite, houve bloqueios em pelo menos 21 estados, incluindo o Ceará. Em Fortaleza, os manifestantes tentaram interditar trechos da rodovia BR-116 nesta segunda-feira (31). Alguns caminhões pararam no km 03 e 44 da rodovia. Os envolvidos, inclusive, colocaram fogo em pneus. Pacajus, na Região Metropolitana, também registrou manifestações.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Fortaleza os manifestantes tentaram bloquear o trecho com um incêndio, mas, com a chegada das equipes da PRF e da PMCE, as pessoas que iniciaram o fogo saíram do local. O fluxo de trânsito começou a ser liberado pelos policiais logo em seguida, mas um ainda assim um engarrafamento foi registrado no local.
Protesto nacional
Até esta noite eram 298 pontos de protestos nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Amazonas, Acre, Roraima, Maranhão, Amapá, Paraíba e Pernambuco. No Distrito Federal, manifestantes interditaram um trecho da BR-251.
REAÇÃO
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares dos estados tomem todas as medidas necessárias e suficientes para efetuar a imediata desobstrução de vias ocupadas ilegalmente.
Em caso de descumprimento da ordem, Moraes ainda estipulou multa de R$ 100 mil por hora para o diretor da PRF, Silvinei Vasques, que pode sofrer eventual afastamento do cargo.