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2021
CEARÁ – Número de mulheres presas por envolvimento com facções criminosas sobe 65,1% no Ceará
O número de mulheres presas em flagrante no Ceará pelo Artigo 2º da Lei 12.850, chamada Lei das Organizações, que diz respeito a promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, aumentou 65,1% em relação ao ano de 2020. A estatística é da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS).
O dado é referente aos meses de janeiro a outubro de 2020, que registrou 43 prisões; e de 2021, que contabilizou 71 casos. Enquanto isso, o número de prisões de homens com base na Lei das Organizações teve uma diminuição de 4,3%, sendo 442 prisões em 2020 e 423 em 2021.
O quantitativo de presos por mandados de prisão (que não são em flagrante), incluindo homens e mulheres, por organização criminosa no Estado em 2021, entre janeiro e outubro, chega a 300. Neste ano, foram ainda 494 prisões em flagrante pelo mesmo crime. Juntos, os números de prisões em flagrante e os mandados de prisão cumpridos com base na Lei 12.850 somam 794 pessoas detidas no Ceará. São 66 pessoas presas por mês por envolvimento com facções.
Tráfico de drogas representa 52,5% da população carcerária feminina no CE; organização criminosa 10%
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), atualmente, são 1.152 mulheres recolhidas no sistema prisional do Ceará. A maior parte está detida pelo crime de tráfico de drogas: 441 mulheres. Desse total, 153 foram autuadas por associação ao tráfico, 43 na lei antidrogas, 246 por roubo, 121 por homicídio, 80 por organização criminosa e 72 por furto.
O maior índice de mulheres presas é pelo crime de tráfico, 52,5%. Organização criminosa representa 10% da população carcerária feminina. A maioria das mulheres presas tem entre 18 a 24 anos, são 236 mulheres nessa faixa etária. Seguida pela faixa etária de 25 a 29 anos, que são 233 detidas.
O delegado Klever Farias comentou ainda sobre o principal crime das mulheres do sistema penitenciário ser o tráfico de drogas. O titular da Draco relatou que este crime tem relação direta com as organizações criminosas.
“É natural que a prática do tráfico de drogas e a organização criminosa estejam ligados. Você não vai conseguir ser traficante de drogas sem ser membro de organização criminosa. A partir desse momento que você vê a simbiose, percebe que o número de prisão por organização criminosa vai aumentar. Infelizmente o carro-chefe do crime é o tráfico”, avaliou.
Fonte: O POVO.