30
2021
CEARÁ – VIXE!! Policial civil aposentado, Vereador Inspetor Alberto é investigado após “caçar” Lázaro Barbosa em Goiás
O vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (Pros) virou alvo de uma investigação da Polícia Civil do Ceará, que apura prática de crime de “usurpação da função pública”. A ação ocorre após uma série de vídeos publicados pelo parlamentar, que em junho viajou para Goiás, alegando estar à procura do criminoso Lázaro Barbosa.
A investigação aponta o uso de armas e fardamento da Polícia, uma vez que o vereador é policial civil aposentado.
A condução do inquérito é de responsabilidade do delegado Osmar Berto Silva Torres, da Delegacia de Combate a Corrupção (Decor). “Após afastado, jamais poderia voltar a praticar ato privativo da Polícia Civil, ainda mais se utilizando de vestimenta da instituição, arma de fogo e outros simbolos”, diz o despacho.
A série de vídeos foi publicada nas redes sociais do próprio vereador. Nas imagens, ele aparece, inclusive, exibindo armamento pesado em busca do criminoso em Goiás. Lázaro Barbosa acabaria sendo morto no momento em que foi capturado por forças policiais.
“Em determinado vídeo, José Alberto Bastos Vieira Junior aborda um veículo e determina que seu ocupante abra o porta-malas para que seja realizada uma vistoria”, destaca ainda o inquérito policial.
A suspeita das autoridades que motivou a abertura do inquérito é de que o parlamentar fortalezense pudesse estar “utilizando indevidamente a imagem institucional da Polícia Civil para alavancar a sua carreira política e suas pretensões e interesses pessoais”.
OUTRO LADO
Ao Diário do Nordeste, Inspetor Alberto argumentou que, mesmo aposentado desde 2019, detém fardamento da corporação de quando estava na ativa. Ele também disse que as armas mostradas nos vídeos estão em situação regular.
“Para estar lá (em Goiás), eu teria que me identificar. Me apresentei e disse que era aposentado e vereador, e que estava lá só para observar”, completou.
A defesa do vereador ajuizou um pedido de habeas corpus para tentar barrar a investigação. Uma das alegações é de que, uma vez que a ação ocorreu em outro Estado, não cabe à Polícia Civil do Ceará apurar o caso. O pedido ainda não foi julgado.
Fonte: Diário do Nordeste.