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2021
BRASIL – E PODE? Macapá gasta R$ 3 milhões com “KIT COVID” e nega ser prevenção contra doença.
A Prefeitura de Macapá anunciou na última quinta-feira (04) que começou a distribuir o “KIT COVID-19” à população, visando como estratégia para não agravar os sintomas da Covid-19. O kit reúne substâncias como vitaminas C e D, zinco e ivermectina (medicamento sem eficácia comprovada contra o Covid-19).
Segundo a prefeitura, “a iniciativa é uma estratégia para fortalecer a imunidade da população e visa prevenir o agravamento dos casos de infecção pelo novo coronavírus”. A ação, que inclui ainda a distribuição de máscaras e realização de testes rápidos, custou R$ 3 milhões em recursos públicos e terminou neste sábado (6).
Ao enunciar a medida, o prefeito Antônio Furlan confirmou que a distribuição visa impedir que os infectados cheguem em estado avançado da doença às Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“A prefeitura de Macapá, acompanhando o que se passa no país e com o apoio do Comitê Médico de Saúde do Amapá, montou uma estratégia para prevenir que pacientes com a covid-19 cheguem em estado grave às UBSs. Essa é uma das ferramentas que temos para evitar que a capital entre em colapso. O protocolo não impede que as pessoas se contaminem, mas reforça a imunidade. Precisamos lutar com todas as armas possíveis”, explicou o prefeito ontem ao anunciar a medida.
Macapá é um município brasileiro, capital do estado do Amapá, Região Norte do país. Tem uma população estimada em 503.327 habitantes. Conforme Boletim Epidemiológico divulgado no útimo dia 5 de março, já foram registrados 861 óbitos por conta da Covid-19.
Antônio Paulo de Oliveira Furlan (San José, 9 de julho de 1973) é um médico e político costarriquenho, filho de brasileiros, filiado ao Cidadania. Foi deputado estadual pelo Amapá entre 2013 e 2020, deixou o cargo quando foi eleito prefeito de Macapá no segundo turno das eleições de 2020 …
REAÇÃO
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) se manifestou sobre a distribuição de 150 mil kits com vitaminas e medicamentos em Macapá, alegando que não houve supervisão médica ou de profissional habilitado para prescrição dos itens que, segundo a prefeitura, buscam fortalecer a imunidade da população, principalmente contra a Covid-19.
Em nota, o Coren orientou os profissionais de enfermagem escalados para a campanha sobre como proceder diante da situação. Segundo o Conselho, o profissional pode se negar a executar atividades que não atendam às normas previstas no Código de Ética da Enfermagem (Cofen).
*Com informações do UOL/Notícias.