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2020
BRASIL – BRIGA: Moro defende divulgação de vídeo de reunião com Bolsonaro
A defesa confirma que no vídeo “existem manifestações potencialmente ofensivas realizadas por alguns ministros presentes ao ato e que, se tornadas públicas, podem gerar constrangimento”, mas destaca que não há conteúdos que “coloque em risco segurança nacional” e pede que o material se torne público.
O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello, deu, anteontem, 48 horas para as partes se manifestarem sobre a divulgação da gravação.
A defesa confirma que no vídeo “existem manifestações potencialmente ofensivas realizadas por alguns ministros presentes ao ato e que, se tornadas públicas, podem gerar constrangimento”, mas destaca que não há conteúdos que “coloque em risco segurança nacional” e pede que o material se torne público.
O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello, deu, anteontem, 48 horas para as partes se manifestarem sobre a divulgação da gravação.
Já o delegado Carlos Henrique Oliveira afirmou, ontem, em depoimento à Polícia Federal, em Brasília, que participou da indicação do atual superintendente da instituição no Rio de Janeiro, Tácio Muzzi. A edição de ontem do “Diário Oficial da União” trouxe a nomeação de Oliveira para secretário-executivo da PF, o segundo cargo na hierarquia da corporação. Ele prestou depoimento no inquérito aberto para apurar suposta interferência política do presidente na Polícia Federal. De acordo com Moro, Bolsonaro insistia na substituição do superintendente do Rio de Janeiro.
Pressionado pelo vídeo, Bolsonaro teve, ontem, um momento afável com membros do Judiciário. Ele recebeu o convite da posse do presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente eleito, Luiz Edson Fachin. O convite foi entregue em mãos no Palácio do Planalto.
Barroso assume o cargo no lugar da ministra Rosa Weber. A instância máxima eleitoral tem pela frente o desafio de coordenar as eleições municipais, previstas para outubro, em meio à pandemia.
Bolsonaro evitou comentar sobre um possível adiantamento do pleito. “Não falo nada sobre isso aí adiamento das eleições. Já tenho problema demais”, desconversou.
Já a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou os laudos à Justiça que mostram três resultados negativos em exames de Bolsonaro para o novo coronavírus. Os resultados negativos indicam o uso dos pseudônimos Airton Guedes, Rafael Ferraz e, no terceiro, “Paciente 05”. Nesse último, diferentemente dos demais, não aparece nenhum dado pessoal de Bolsonaro.
Fonte: Diário do Nordeste.