O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), deflagrou, nesta segunda-feira (20/01), uma nova fase da Operação “Simulatio” para aprofundar investigações contra um deputado estadual suspeito de empregar funcionários fantasmas.
De acordo com o MP, o esquema de repasse de salários de assessores parlamentares teria sido montado para pagamento de dívida feita pelo deputado um advogado que atua como agiota.
Os nomes do deputado e do advogado são mantidos em sigilo. Após a divulgação da nota, o site do Ministério Público Estadual saiu do ar. Não houve explicação por parte do MP se o problema no site se deve a alguma questão técnica.
A nova fase da investigação foi deflagrada com apoio da Polícia Civil e cumpridos oito mandados de busca e apreensão contra servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Segundo a investigação da Procap, “um deputado estadual supostamente realizava empréstimos financeiros perante um advogado que atuava como agiota”.
O MP destaca, ainda, que “Posteriormente, o deputado oferecia cargos de assessor parlamentar no gabinete dele para o advogado indicar nomes. “Em troca, os assessores fantasmas indicados pelo advogado e lotados no gabinete do deputado repassavam ao advogado parte dos salários recebidos de forma a pagar as dívidas feitas pelo deputado”, observa a nota do MP.
O Ministério Público Estadual revela que os mandados foram cumpridos nas residências dos suspeitos, localizadas nos municípios de Fortaleza e Maracanaú, resultando na apreensão de celulares, computadores e documentos que irão subsidiar as investigações conduzidas pela Procap.
“Essa segunda fase é um desdobramento da operação ocorrida em 2023 e se concentrou no núcleo operacional do esquema, atingindo os funcionários fantasmas que repassaram os valores para os agiotas”, afirma o MP.
Simulatio
A operação recebeu o nome de “Simulatio”, em virtude da investigação ter revelado a existência de funcionários fantasmas que simulavam trabalhar na Assembleia Legislativa, mas, na realidade, apenas serviam para repassar valores para agiota que emprestava dinheiro para deputado investigado.
(*) A informação é do MP do Ceará