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2024
CEARÁ – Garçom que matou vereador e feriu dois homens é denunciado pelo MP do Ceará
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou, nesta quinta-feira (5), o garçom Antônio Charlan Rocha Souza, acusado de matar o vereador César Veras e ferir outros dois homens. O garçom golpeou a vítima com uma facada no pescoço, e ainda feriu o dono do restaurante e um cliente. O crime aconteceu em Camocim, no litoral oeste do Ceará.
A Promotoria de Justiça considerou que o garçom agiu de maneira que impossibilitou totalmente a defesa das vítimas, e que a motivação do crime foi fútil. Ele foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio.
A Polícia Civil disse que Charlan teria cometido o crime motivado pelo suposto assédio moral que sofria no restaurante onde o homicídio ocorreu. A família do vereador contestou a versão que o garçom teria agido motivado por assédio moral, e apresentou novas imagens de câmeras de segurança que mostram a ação do garçom antes do crime. Com isso, o MP chegou a pedir que a Polícia analise e inclua os novos vídeos no inquérito em até dois dias.
Vereador morto e dois feridos
César Araújo Veras, de 51 anos, foi morto após ser esfaqueado na região do pescoço pelo garçom Antônio Charlan Rocha Souza, que trabalhava no restaurante onde o vereador tinha acabado de chegar.
Além do político, outros dois homens também foram esfaqueados: o dono do restaurante, Euclides Oliveira Neto, de 55 anos; e um cliente que estava no local, identificado como Fábio Roberto de Castro Sousa, de 56 anos.
As novas imagens que o MP pede que sejam incluídas no inquérito mostram o garçom Antônio Charlan, cerca de três horas antes do crime, próximo a um colega de trabalho que estava amolando a faca que, mais tarde, Antônio Charlan usaria para matar César Veras e esfaquear outros dois homens.
O novo vídeo também mostra o garçom voltando ao local onde estava a faca, um pouco antes do crime, e pegando o objeto sem que o colega de trabalho perceba. Pouco depois, Antônio Charlan inicia o ataque ao vereador. Logo após o crime, o garçom saiu correndo, entrou no seu carro e fugiu.
O advogado Glauberson Costa, que representa a família do vereador, afirma que a tese apontada no inquérito policial, que a ação teria sido motivada por assédio moral que Antônio Charlan supostamente sofria no restaurante, “não vai ser aceita”.
Ainda conforme o inquérito, também foram analisadas 664 mensagens via WhatsApp trocadas pelo suspeito, porém a polícia não conseguiu extrair nenhum conteúdo criminoso ou algo relacionado ao crime que vitimou o vereador e os outros dois homens.
Fonte: G1.CE