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2024
CEARÁ – CONFUSÃO: Assembleia do Sindicato APEOC termina em pancadaria.
A assembleia que ocorreu nesta quinta-feira, 4, para decidir sobre uma possível greve dos professores estaduais da educação básica do Ceará terminou em confusão. Educadores ficaram insatisfeitos com o sindicato da categoria (Apeoc), afirmando que órgão aceitou proposta do Governo estadual sem colocar movimento paredista em votação. Sindicato nega versão e diz que vai tomar “medidas cabíveis” contra envolvidos.
Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), é possível ver o momento em que o presidente do sindicato, Anízio Melo, sai do encontro sob gritos dos professores presentes. Alguns chegam a atirar cadeiras e papéis contra o representante.
Na confusão, uma educadora ficou com um pequeno ferimento no queixo. Em publicação nas redes sociais, ela fala que a agressão física teria sido praticada “por um segurança da Apeoc”. Conforme relato na rede social, professora foi até uma delegacia, onde foi aberto um Boletim de Ocorrência (BO) contra o suposto agressor.
Mais cedo, o sindicato havia divulgado que avançou em negociações com o Governo do Estado e que irá defender para a categoria as propostas discutidas com representantes estaduais. Anízio chegou a avaliar como “positivo” os pontos discutidos na negociação, dentre eles o reajuste de 7,3% para profissionais temporários, 10% a 15% para efetivos estáveis e 12% a 17% para professores com doutorado.
O movimento da diretoria, no entanto, desagradou os professores. Conforme informações apuradas pelo O POVO, os educadores não teriam sido questionados sobre a proposta do Governo. Além disso, eles reclamam que o sindicato não colocou o movimento paredista em votação.
Em texto enviado ao O POVO, o professor Alan Lima contesta a versão apresentada pelo sindicato. Ele afirma que durante a assembleia para deliberação da greve, “a pauta foi modificada unilateralmente” para votar a aceitação da proposta do governo, que não teria sido aceito pela categoria.
Procurado pelo O POVO, Anizio informou que “não era legalmente permitido votar greve com mesa de negociação em andamento”. Além disso, uma nota divulgada pelo sindicato frisou que assembleia foi “interrompida”.
“Por fim, nos solidarizamos com todas as vítimas das absurdas e covardes agressões e afirmamos que tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar cada um dos agressores. A luta continua”, destaca documento.
Fonte: O POVO.