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2024
SOBRAL – Vilipêndio e ocultação de cadáver com sinais de bruxaria é registrado em Jaibaras
Um crime de desrespeito e ocultação de cadáver com sinais de bruxaria foi registrado, no domingo (18/2), no cemitério da localidade de Cedro, distrito de Jaibaras, distante 21 quilômetros da sede Sobral. De acordo com familiares da vítima, o lugar é usado para rituais de magia negra. Vários objetos que, de acordo com a família, pertencem aos rituais de bruxaria, foram encontrados dentro e fora do cemitério.
O Código Penal Brasileiro prevê nos Artigos 211 e 212 que vilipêndio e ocultação de cadáveres é considerado crime contra os mortos com pena prevista de um a três anos de detenção e multa.
Tudo aconteceu quando a recém-nascida Maria Aparecida que era prematura morreu com quatro meses de vida e foi sepultada na manhã de sexta-feira (16/2). A família contou que no domingo (18) quando um dos irmãos da criança retornou ao cemitério, a cova estava aberta com o caixão quebrado, sem o corpo e com as vestes espalhadas em uma vereda que dá acesso a uma vila próxima ao local.
A princípio os familiares acreditavam que fosse ação de algum animal, mas a ideia logo foi descartada pela forma que o caixão, os lençóis e a fralda da bebê foram encontrados e pelas pegadas de pessoas vistas ao redor da cova.
Heloísa Carla, irmã da vítima, contou como a família ficou sabendo do crime. “No domingo meu irmão foi ao cemitério para ajeitar a cova e quando ele chegou se deparou com a cova aberta e tudo fora, o lençol, a tampa do caixão, o vidrinho arrancado e a roupinha dela fora. Sem o corpo, meu irmão colocou tudo dentro e enterrou novamente. Voltamos ao cemitério e estava de novo tudo desenterrado”, disse.
Luiz Carlos, também irmão da vítima, disse que ficou muito triste quando chegou ao lugar e viu que o corpo de sua irmã não estava no caixão e suas roupas estavam espalhadas na vegetação ao redor do cemitério.
Na sexta-feira (23/2), quando a reportagem do Sistema Paraíso foi ao local com a família, abalada e aos prantos Heloísa disse que já é a terceira vez que se depara com a cova violada e com tudo jogado nas proximidades. “Isso já está ficando chato, toda vez que a gente vem aqui se depara com uma cena dessa”, lamentou.
A família contou ainda que a polícia informou que não tinha o que fazer porque não tinha nenhum suspeito e orientou que fosse feito um Boletim de Ocorrência para a investigação do caso.