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2023
CEARÁ – Carlomano Marques é preso novamente por suspeita de fraude em licitação
A Operação Pacatuba, executada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), prendeu o prefeito afastado de Pacatuba Carlomano Marques (MDB) – também foi preso, na ocasião, o prefeito interino do município, Rafael Marques, sobrinho de Carlomano. Foram cumpridos nesta quinta-feira (23) mandados de busca e apreensão contra 12 alvos, incluindo os dois gestores.
Não se trata da primeira vez em que Carlomano é preso este ano: em 18 de abril, o Ministério Público prendeu o gestor e mais oito secretários da Prefeitura, pelo mesmo caso. A ação é tocada pelo MPCE por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil.
Também foram alvos dos mandados o ex-deputado Leonardo Araújo, a ex-esposa de Carlomano Marques e ainda três ex-assessores parlamentares. Os suspeitos vão responder por crime contra a administração pública, falsidade ideológica e associação criminosa.
Conforme o Ministério Público, ao cumprir o mandado contra Carlomano, foram encontradas 15 munições de arma de calibre 12, que estavam de posse do gestor de forma irregular. Com isso, ele foi capturado e conduzido à delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado mediante pagamento de fiança. Além das munições, aparelhos celulares, computadores e documentos também foram apreendidos.
Além das residências dos suspeitos, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas sedes da Prefeitura de Pacatuba e do escritório de advocacia que mantinha vínculo com a Prefeitura por meio de contratos firmados sem licitação. A Justiça já havia determinado a quebra do sigilo bancário dos investigados e, em nova decisão, deferiu o pedido do MP para que fossem cumpridos os mandados de busca e apreensão.
A investigação, que teve início em 2018 após denúncia feita à Procap do Ministério Público, apura a prática de crimes contra a administração pública e fraude em licitação cometidos na Prefeitura Municipal de Pacatuba entre os anos de 2017 e 2022.
Conforme apurado, há indícios de direcionamento indevido de licitação e dispensa de licitação para contratar um escritório de advocacia que mantinha contratos com a Prefeitura. Também foi constatado que o escritório jurídico não estaria prestando os serviços firmados em contrato. Os valores pagos pela administração municipal à empresa ultrapassam R$ 1,4 milhão.
Fonte: Portal GCMais