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2023
CEARÁ – Blogueiro procurado por tentar explodir bomba em Brasília tem quebra de sigilo pedida na CPI dos Atos Golpistas
O bloqueiro cearense Wellington Macedo de Souza, 47 anos, foragido da Justiça por suspeita de tentar implantar uma bomba em um caminhão em Brasília, teve a quebra de sigilo solicitada na CPI dos Atos Golpistas.
A Comisão foi instalada na quinta-feira (25), para apurar os atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas. Em menos de 48 horas após a instalação, a CPI recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo. Entre eles, a quebra de sigilo do cearense.
Wellington está foragido há 5 meses pelo crime ocorrido em dezembro do ano passado. Á época, ele usava tornozeleira eletrônica, o que rastreou a participação dele no caso. Os outros suspeitos se entregaram à polícia.
Dentre as solicitações recebidas pela CPI, estão acesso bancário, fiscal, telefônico e telemático (reunião de todos os dados contidos em dispositivos eletrônicos, como celulares).
Os requerimentos, feitos em sua maioria, pelo PT e PDT, partidos que compõem a base do governo, ainda precisam ser aprovados pelo plenário da Comissão. A previsão é que as reuniões para votar os requerimentos comecem na próxima semana.
Notícias alinhadas com o bolsonarismo
Natural de Sobral, a 245 quilômetros de Fortaleza, Wellington Macedo foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ele teve um cargo comissionado na Diretoria de Promoção e Fortalecimento de Direitos da Criança e do Adolescente entre fevereiro a outubro de 2019.
Wellington Macedo começou a trabalhar no meio da comunicação cobrindo notícias da região norte do Ceará. Em 2018, passou a publicar notícias alinhadas com o bolsonarismo.
No mesmo ano, o blogueiro foi alvo de, pelo menos, 59 ações por danos morais movidas por diretores de escolas do município Sobral, no interior do Ceará, por conta da série de reportagens “Educação do Mal”.
Na produção dividida em quatro reportagens veiculadas em seu canal no Youtube, Wellington acusava o município de Sobral de um suposto esquema de fraudes para melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na cidade.
O blogueiro cearense teve um cargo no governo Bolsonaro e pediu dinheiro pelas redes sociais para se esconder da polícia quando já estava foragido.
Fonte: G1.CE