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2023
BRASIL – NOTA10: Lula toma posse para terceiro mandato como presidente neste domingo (1°)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse, neste domingo (1°), para o terceiro mandato como presidente da República. A cerimônia oficial começou por volta das 15 horas, com sessão solene no Congresso Nacional e, logo depois, Lula seguiu para o Palácio do Planalto, onde subiu a rampa para receber a faixa presidencial.
Na ocasião, ao subir a rampa do Palácio, esteve de mãos dadas com representantes da sociedade civil, incluindo a população negra, indígena, com deficiência. Durante a execução do hino nacional, Lula não conteve as lágrimas e chorou ao receber a faixa presidencial.
Durante o rito da posse, houve diversos momentos de emoção do presidente. Em um deles, ocorreu durante fala ao povo brasileiro, no parlatório do Palácio do Planalto.
As interrupções emocionadas durante o discurso, ocorreu quando o chefe do Poder Executivo falava sobre as desigualdades sociais no Brasil.
“Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo”, disse o petista.
As críticas foram além. “Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”.
Lula deixou o hotel por volta das 14h20 em direção ao Congresso Nacional, onde chegou por volta das 14h40. Ali, foi recedido pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para consolidar a posse.
Na sede do Legislativo Nacional, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin (PSB) foram recepcionados por futuros ministros, parlamentares, membros do Judiciário, presidentes de estatais, entre outras figuras.
No salão verde, Lula encontrou cearenses como o governador recém-empossado do Ceará, Elmano de Freitas (PT). O caminho até a Mesa do Plenário Ulisses Guimarães, o caminho foi demorado devido às saudações dos presentes e aos registros que tentavam fazer do presidente.
O chefe do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, presidiu a cerimônia. De início, saudou os presentes e pediu 1 minuto de silêncio pelas mortes do jogador de futebol Pelé e o Papa Emérito Bento XVI, que aconteceram nesta semana. O hino nacional foi executado logo em seguida pela banda do Exército.
A adesão ao compromisso constitucional por Lula e Alckmin ocorreu após esse momento. O 1º secretário da Mesa, o deputado Luciano Bivar (União) foi quem guiou a assinatura do termo de posse de ambos.
Lula o fez com uma caneta dada pelo senador eleito e ministro Wellington Dias (PT-PI) em 1989 para sua primeira posse como presidente. Em 2003, no seu primeiro mandato, o petista explicou que esqueceu a caneta e teve que assinar o termo com a de Ramez Tebet (MDB), então presidente do Congresso e pai de Simon Tebet (MDB). Mas, neste domingo, Lula lembrou do material e assumiu o compromisso com o presente dado pelo colega de partido.
Em seguida, leu o discurso de posse, destacando o compromisso com o combate à fome e agradecendo à frente política, à população e a boa conduta do Judiciário que possibilitaram a sua eleição.
Os desafios que tem pela frente, aponta Lula, são diversos. O presidente citou o diagnóstico recebido pela equipe de transição, que indicou um “cenário estarrecedor” da gestão pública anterior em várias áreas.
Nessa perspectiva, agradeceu à Câmara e ao Senado pela aprovação da PEC da Transição, que suspendeu o teto de gastos sobre programas como o Bolsa Família para atender, em caráter emergencial, famílias em situação de pobreza.
Ainda no âmbito de políticas concretas, Lula afirmou que vai revogar a ampliação do acesso às armas no Brasil, retomar as mais de 14 mil obras paralisadas em todo o País e estruturar um novo Programa para Aceleração do Crescimento (PAC).
Fonte: Diário do Nordeste.