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2022
CEARÁ – OPINIÃO: A saia justa e a realpolitik na campanha de Evandro Leitão
O cisma no grupo que se manteve hegemônico na política do Ceará desde que Cid Gomes chegou ao poder em 2006 está obrigando alguns candidatos a não colar em suas campanhas os nomes que compõem a chapa majoritária de seu próprio partido. É a política ral se impondo.
Pelo cargo que exerce, o caso mais relevante é o do deputado estadual Evandro Leitão (PDT), que é o presidente da Assembleia Legislativa.
No material de campanha de Leitão nas redes sociais, adesivos, decoração do comitê (em plena Virgìlio Távora) não há nenhuma menção a Roberto Cláudio ou à Erika Amorim, candidatos a governador e a senadora do partido do presidente da Assembleia. Repare na imagem neste texto.
É um sinal de que, na prática, Evandro Leitão está navegando em outros mares políticos. Porém, a legislação não permite que o filiado a uma sigla faça campanha para o candidato de outra. Portanto, Leitão não pode declarar apoio a Camilo Santana e nem a Elmano de Freitas.
A postura do presidente da Assembleia reflete o que parece está acontecendo em significativa escala: prefeitos, mesmo os do PDT, migrando em grande quantidade para o palanque Elmano/Camilo. Para os prefeitos, não há problemas já que não disputam mandatos e não vão entrar na mira da Justiça Eleitoral.
Vamos aguardar o início da propaganda eleitoral no rádio e televisão. Nesse campo, as coordenações e campanha costumam colocar a chapa majoritária nos cenários das inserções dos candidatos a deputado estadual e federal.
Por Fábio Campos/Focus.jor.br