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2021
BRASIL – APERREIO: Valor da cesta básica dispara, aumenta 3,92% em julho e custa R$ 562,82
O custo dos 12 produtos que compõem a cesta básica em Fortaleza disparou 3,92% somente no mês de julho no que foi o maior aumento do Brasil no mês. Isso fez o valor alcançar R$ 562,82. Considerando o salário mínimo de R$ 1.100, o trabalhador precisou trabalhar 112 horas e 34 minutos somente para comprar uma cesta básica. O gasto padrão com alimentação de uma família padrão de dois adultos e duas crianças foi de R$ 1.688,46.
Os dados são da pesquisa nacional da cesta básica, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em julho, os principais vilões foram tomate (com alta de 34,1% no mês), banana (+5,65%) e café (5,54%). Ao todo, sete dos 12 produtos ficaram mais caros. Já entre os preços em queda, destaque para o arroz (-1,93%), a farinha (-1,53%) e o óleo (-1,28%).
Quando analisamos o valor da cesta básica, as variações semestral e anual do valor, em Fortaleza, tiveram crescimento de 5,6% e 23,77%, respectivamente. Há um ano, a cesta básica custava R$ 454,74.
Nos últimos 12 meses, todos os itens da cesta básica acumulam alta. Os produtos que mais tiveram aumento foram o óleo (+79,49%), o açúcar (+40,15%) e o arroz (+38,46%).
Brasil
Entre as maiores altas do Brasil na cesta básica, além de Fortaleza (+3,92%), foram vistas em Campo Grande (+3,89%), Aracaju (+3,71%), Belo Horizonte (+3,29%) e Salvador (3,27%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre, que custou R$ 656,92.
Nordeste
No Nordeste, Fortaleza (R$ 562,82) e Natal (R$ 506,51) são as únicas capitais com custo da cesta básica acima dos R$ 500. Na sequência aparece João Pessoa (R$ 492,30); Aracaju (R$ 488,42), Recife (R$ 487,60); e Salvador (R$ 482,58).
Salário
O valor do salário mínimo dos brasileiros nunca esteve valendo tão pouco nos últimos anos. Os R$ 1.100 nominais definidos em lei compõem somente 20,28% do que é tido como o rendimento necessário para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas, estimado em R$ 5.421,84, em junho. Esse foi o pior resultado para o mês nos últimos 13 anos.
Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.518,79, valor que corresponde a 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em junho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o piso em vigor.
Fonte: O POVO.