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2021
CEARÁ – Ceará passa de mil pessoas esperando leito antes de Camilo decidir sobre fim do lockdown
Total de 1.027 pacientes aguardam transferência para leitos no Ceará em decorrência do coronavírus, de acordo com informações da noite desta quinta-feira, 8, do IntegraSUS, ferramenta da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Desses, 595 esperam para serem transferidos para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 432 para leitos de enfermaria. 13 pacientes que aguardam leitos têm entre 0 e 15 anos.
Essa é a primeira vez que o Ceará registra número de pacientes nessa situação acima de mil pessoas desde o início da crise na saúde. Apenas em Fortaleza, 302 pacientes aguardam a liberação de um leito — 194 precisam de UTIs. Pelo menos desde o início de abril, o número de novas solicitações diárias para transferência de leitos tem ficado acima de 250. Neste mês, o dia mais crítico foi essa terça-feira, 6, quando 379 solicitações foram registradas.
Em entrevista ao O POVO, o secretário executivo de Planejamento e Orçamento do Governo do Estado, Flávio Ataliba, afirmou que a proposta de reabertura da economia no Ceará deve ficar pronta até esta sexta, 9. A decisão de Camilo, para confirmar ou não o início da flexibilização econômica planejada, deve sair até o domingo, 11, último dia em que o atual decreto de combate à Covid-19 permanece em vigor.
O Ceará, considerando as esferas pública e privada, têm ocupação de leitos de UTI de 92,59%. Em relação às enfermarias, a taxa é de 80,64%. Na Capital, nove hospitais estão com todos os leitos de UTI ocupados e um deles — o Hospital de Messejana — também não tem nenhuma vaga disponível nas enfermarias. O Hospital Leonardo da Vinci, considerado referência para tratamento da Covid-19 no Estado, está com 164 de 175 UTIs em uso— número correspondente a 93,7% de ocupação.
Nas últimas 24 horas, foram confirmados mais de 11 mil casos e 185 mortes em decorrência da Covid-19. No total, o Estado acumula 15.066 óbitos e 575.830 casos confirmados desde o início da pandemia no Ceará, em março de 2020. Mais de 83 mil casos seguem em investigação e 401 mil pessoas conseguiram se recuperar da doença.
Fonte: O POVO.