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2021
CEARÁ – Fiocruz cita situação de ‘alerta crítico’ no Ceará e pede restrição de 14 dias nas atividades não essenciais.
Recomendação foi feita para o Distrito Federal e outros 23 estados. Ceará tem 97% dos leitos de UTI ocupados e vive o pior momento da pandemia.
Por G1 CE –
O Ceará e a maior parte dos estados brasileiros vive situação de “alerta crítico” no pior momento da pandemia da Covid-19. O Ceará tem atualmente 97% dos leitos de UTI ocupado, o que gera dificuldade para novos pacientes conseguirem uma vaga.
Por causa da lotação de leitos de UTI para tratamentos de Covid-19, a Fiocruz sugere que os estados devem restringir todas as atividades não essenciais por 14 dias.
A recomendação foi divulgada nesta terça-feira (23) no “Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz”.
Além de sugerir a restrição das atividades para buscar a “redução de cerca de 40% da transmissão”, os especialistas pedem o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.
“Desde o início do mês de março, o país assiste a um quadro que denota o colapso do sistema de saúde no Brasil para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19. (…) Este colapso não foi produzido em março de 2021, mas ao longo de vários meses, refletindo os modos de organização para o enfrentamento da pandemia no país, nos estados e nos municípios” – Boletim da Fiocruz.
Mesmo sem ter acabado, o Ceará já registra mais de 1,1 mil mortes em março, sendo o mês mais letal por Covid-19 desde junho de 2020. Este é o quarto mês seguido em que o número de mortes cresce de forma acelerada.
A Fiocruz aponta que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no SUS, verificados na segunda-feira (22) “continuam indicando um quadro extremamente crítico”.
” (…) na região Norte, a saída do Amazonas da zona crítica para a de alerta intermediário, agora com uma taxa de 79%. Em contraponto, alerta para a piora do quadro na região Sudeste: na última semana, em Minas Gerais, a taxa cresceu de 85% para 93%; no Espírito Santo, de 89% para 94%; no Rio de Janeiro, de 79% para 85%; e em São Paulo, de 89% para 92%. A região Sul e a Centro-Oeste mantiveram taxas superiores a 96%. Piauí (96%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (96%) e Pernambuco (97%) destacaram-se com as piores taxas na região Nordeste.” – Boletim da Fiocruz
Fonte: G1.Ce