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2021
BRASIL – Juíza grava vídeo ensinando a andar sem máscara em shopping
Uma juíza que atua em Minas Gerais publicou em uma rede social, na noite desta segunda-feira (4), um vídeo em que ela faz um “passo a passo” sobre como andar sem máscara dentro de um shopping.
A juíza Ludmila Lins Grilo aparece na gravação dentro de um centro de compras, segurando um sorvete, enquanto explica como burlar a lei de proteção contra a covid-19.
A localização da postagem está marcada na cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. “Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso”, escreveu a magistrada. Veja a publicação:
Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso:
1- compre um sorvete.
2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral;
3- caminhe naturalmente. pic.twitter.com/bmuS7eGEnL
— Ludmila Lins Grilo (@ludmilagrilo) January 4, 2021
Investigação
Dois dias antes do vídeo ser publicado no Twitter da juíza, o advogado José Belga Assis Trad, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, escreveu um ofício para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pedindo que o órgão investigue a conduta da magistrada.
Mais cedo, ela também postou uma gravação que mostra turistas acompanhando a queima de fogos da virada de ano na cidade. A publicação foi acompanhada com a hashtag “#AglomeraBrasil”.
“Ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o público que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora Ludmila Lins Grilo passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura”, defendeu o advogado José Belga Assis Trad ao pedir a investigação contra a juíza.
Outro lado
Ludmila Lins Grilo é juíza na Vara Criminal e da Infância e da Juventude, na comarca de Unaí, a 590 km de Belo Horizonte. Um servidor da unidade informou ao R7 que a magistrada está de recesso e só volta a trabalhar na próxima quinta-feira (7). O funcionário disse que apenas a juíza poderá se manifestar sobre o assunto.
A reportagem também procurou o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) e a o CNJ para comentar sobre o caso, mas ainda não teve retorno.
(Fonte: R7)