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2020
SOBRAL – MDB acompanha de perto o processo de geração de carga das urnas eletrônicas para o pleito deste ano.
Ao longo dos anos, um dos assuntos que se fazem presentes nas rodas de conversa, nos programas de rádio ou nos debates sobre política, é o resultado das urnas eletrônicas, quando muitos eleitores questionam a veracidade desse resultado, que, segundo grande parcela da população, pode favorecer, por meio de fraudes, certos candidatos, em detrimento de outros. A dúvida desafia o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), responsável por toda a estrutura dos pleitos e preparação das urnas, a dar respostas que convençam a população do contrário.
O questionamento levantado, também, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, em Sobral, pelo candidato à Prefeitura, Oscar Rodrigues (MDB), alimenta o imaginário do povo quanto à integridade das urnas. Para esclarecer essas e outras dúvidas, nesta quarta-feira (28), uma equipe formada por membros do Comitê multidisciplinar Independente (Comitê) esteve no TRE, em Fortaleza, por determinação do MDB, para acompanhar o processo de geração das mídias utilizadas nas urnas, os chamados flash cards.
Segundo Marco Carvalho, um dos membros do Comitê, que fez a auditoria dos trabalhos, “a ideia é acompanhar a geração dessas mídias, e cada detalhe relacionado à integridade das urnas. Esse é o momento de conferir se, realmente, os programas inseridos nas flashs são os mesmos gerados anteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assinados pelos partidos, por membros do Ministério Público, OAB, e, até mesmo, pelo próprio Ministro do TSE. Até aqui, pelo que constatamos, está tudo correto”, afirmou o advogado.
Segundo Felipe Ferro, coordenador geral de fiscalização do Comitê, “Nossos técnicos vindos de Sobral tiveram ampla liberdade para acessar os computadores, conferir todos os arquivos relacionados ao nosso município, que vão ser carregados nas urnas. Esse é um trabalho de fiscalização, para que tenhamos certeza que estamos tendo, pelo menos, um processo com uma certa lisura para que não tenha fraude”, explicou o coordenador, que faz parte da equipe, composta por três técnicos, dois advogados, além de um representante do partido.
Ainda, segundo Felipe Ferro, “viemos para conversar com o juiz e com os técnicos do Judiciário. Imagino que tudo vai ser de forma mais clara e mais segura, a partir dessa fiscalização. Se houve alguma falha no passado, hoje está sendo corrigida. “O que não foi feito em 2016, está sendo feito agora. Então, nosso candidato [Oscar Rodrigues], ele quer, realmente, a certeza que vai ser um processo justo. Ele não quer que tenha nenhum tipo de fraude, e que seja uma eleição justa, uma eleição honesta; e a gente está aqui para isso”, finalizou.
O processo de geração das informações, no TRE, se estenderá até a próxima sexta-feira (30), de 8h às 18h. Além da geração das mídias, que contêm os sistemas a serem utilizados nas urnas eletrônicas em todo o Estado, também foi realizado o carregamento de informações dos candidatos e da lista de eleitores, levando em conta cada município e suas seções.
De acordo com o juiz, coordenador da geração de mídias no Ceará, Francisco Scorsafava, “além dessa fiscalização desses programas oficiais previamente editados lá pelo TSE, aqui está sendo dada a oportunidade para que os partidos políticos também promovam auditoria no momento da geração, além do momento do carregamento das urnas nos respectivos municípios”, pontuou.
Para o coordenador de geração de mídias. “É importante que a população e os candidatos participem para verificar a credibilidade das informações dos sistemas oficiais das Justiça Eleitoral. É um trabalho de transparência. É através dos sistemas auditados, que o eleitor e os partidos terão garantias que o que está sendo computado nas urnas está dentro das normas eleitorais em vigor”, explicou Scorsafava, que esclareceu, também, sobre as constantes reclamações de eleitores no ato da votação. Entre os exemplos estão a pane, em determinadas máquinas, no momento de computar o voto, além da queixa sobre a troca de fotografias e informações de determinados candidatos, ao apertar as teclas da urna eletrônica, sistema eleitoral utilizado no Brasil, desde 1996.
O juiz explica sobre os muitos problemas que podem surgir no ato da votação, e que geram questionamentos sobre a lisura do processo. “Quando se fala de informática, a gente, às vezes, tem um problema técnico de configuração, às vezes o equipamento não está funcionando regularmente, às vezes, o próprio eleitor não sabe manusear, digita o número errado e não sabe corrigir”, exemplifica o juiz, e complementa. “Então, o que eu posso transmitir para a população é que o sistema é seguro. Que, quando o eleitor estiver na cabine e tiver dúvida, antes de prosseguir, solicite a orientação aos mesários, que estão orientados a dissipar qualquer dúvida do eleitor”, finalizou.
Após a geração das mídias, que seguiu todo o protocolo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na proteção contra o coronavírus, como a utilização de máscaras, álcool em gel, e respeitando o distanciamento social, o material foi lacrado, na presença de todos, e recebeu uma numeração a ser conferida pelos mesmos representantes dos partidos, no ato de carregamento das urnas, no próximo dia 3 de novembro, nas seções eleitorais, já em Sobral, sob a supervisão dos juízes eleitorais. “De Sobral foram geradas 13 flashs de cargas, sendo 8 para a Zona 24 e 5 para a Zona 121.
Também foram geradas aqui, as flashs de votação, que ficam inseridas nas urnas até o final desse processo. Em Sobral, são pouco mais de 400 dessas flashs, sendo utilizada uma por urna”, explicou Éder Farias, professor universitário, também membro da equipe sobralense.
Fonte: Assessoria de Comunica/MDB-Sobral.