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2020
BRASIL – E PODE? Deputada Carla Zambelli(PSL-RJ), disse que PF investigava governadores um dia antes de ação no RJ.
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) disse neste segunda(25) que alguns governadores estão sendo investigados pela Polícia Federal. A declaração ocorreu um dia antes de a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, a residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter nos próximos meses o que gente vai chamar talvez de covidão, ou de…Não sei qual vai ser o nome que eles vão dar, mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, declarou a parlamentar ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
A deputada, que é aliada de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), comentava a saída de Sergio Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública.
O ex-juiz acusa o presidente de interferir na Polícia Federal, o que ele nega. O caso está sob a relatoria do ministro Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal).
O UOL procurou as assessorias da parlamentar e da Polícia Federal e aguarda retorno.
Em conversa com apoiadores na portaria do Palácio da Alvorada nesta manhã, Bolsonaro foi questionado se Carla sabia sobre a operação. “Pergunta para ela”, respondeu. Ele ainda parabenizou o trabalho da PF….
Operação Placebo
A operação deflagrada hoje investiga indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública em decorrência do coronavírus.
Além da residência oficial, também são cumpridas ordens judiciais no escritório de advocacia onde atua a esposa de Witzel e no bairro do Grajaú, onde o governador do Rio tem residência pessoal.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou 12 mandados de busca e apreensão. Desses dez são cumpridos no Rio de Janeiro e dois em São Paulo.
Segundo a PF, investigações apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio de Janeiro.
As investigações têm como base provas obtidas pela Polícia Civil, Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal. Esses elementos foram compartilhados com a PGR (Procuradoria Geral da República). Procurado, o governo do Rio de Janeiro ainda não se manifestou sobre os mandados de busca e apreensão.
Fonte: Uol/Notícias.