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2020
CEARÁ – Segurança Pública confirma aumento dos índices de assassinatos no Ceará no mês de janeiro.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) confirmou, nesta quarta-feira (5), o aumento dos índices de violência no estado no mês de janeiro passado. Os Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs), isto é, assassinatos, sofreram uma alta de 35.9 por cento em comparação a janeiro de 2019. No total, 261 pessoas foram assassinadas em janeiro deste ano, contra 192 em janeiro de 2019.
Entre as quatro regiões do estado, a Metropolitana de Fortaleza (RMF) foi a que apresentou o maior índice de homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), feminicídios e lesões corporais seguidas de óbito. Em 31 dias de janeiro de 2020, 105 pessoas foram executadas, enquanto em janeiro de 2019 foram 53, o que representou um aumento de 98.1 por cento.
Já na Capital cearense, 69 pessoas foram assassinadas em janeiro deste ano, contra 51 casos em 2019, elevando assim os CVLIs a 35.2 por cento. No Interior Sul, o aumento foi de 4 por cento (51 assassinatos em 2010 contra 48 em 2019).
A região Interior Norte, composta por 91 municípios, foi a única do estado que registrou uma queda na quantidade de assassinatos em janeiro passado. Foram 36 mortes violentas, contra 40 em janeiro de 2019, uma redução de 10 por cento.
Zona de “guerra”
Para as autoridades da Segurança Pública, a alta dos índices criminais na Grande Fortaleza teve como um dos principais fatores a “guerra” de facções no Município de Caucaia, onde mais de 30 pessoas foram assassinadas em janeiro. Diante disso, diversas operações policiais estão sendo realizadas naquela cidade, especialmente nos bairros e comunidades onde bandidos disputam o território, como o Distrito de Jurema e os bairros Padre Júlio Maria, Araturi, Metropolitano (Picuí), Jandaiguaba, Grilo, Nova Metrópóle e Taquara.
De acordo com a SSPDS, cerca de 100 policiais militares foram transferidos de outras unidades da PM para Caucaia com o objetivo reforçar o efetivo do 12º Batalhão, responsável pelo policiamento ostensivo geral (POG). Além disso, patrulhas dos comandos especializados, como Raio e Choque, fazem incursões diárias nas áreas consideradas mais críticas da violência no Município metropolitano.
(Blog do Fernando Ribeiro)