25
2018
BRASIL – AGORA VAI: Bolsonaro critica a PF e diz que facada foi “golpe político”. Ele diz que não vai sair do hospital para ir ás ruas.
Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (24), o presidenciável Jair Bolsonaro disse que acredita ter sido vítima de um atentado “planejado” e “político”. O candidato recebeu uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora, em Minais Gerais, no começo do mês.
“No meu entender foi planejado, político, não tenho a menor dúvida. Me tirando de combate, você pega os três, quatro próximos da relação [de candidatos] e são muito parecidos”, disse Bolsonaro, com a fala entrecortada por momentos de choro.
“Ele deu uma facada e rodou. Para matar mesmo. O cara sabia o que estava fazendo. Por milímetros não atingiu veias que eu não teria como resistir”.
A Polícia Federal afastou a suspeita de que Adélio Bispo de Oliveira, o agressor, tenha recebido pagamento em sua conta bancária para executar o crime e reforçou a versão de que ele teria atuado sozinho, conforme adiantado pela Folha.
No entanto, Bolsonaro criticou a Polícia Federal pelo encaminhamento das investigações, falando que estão tentando “abafar o caso”.
“Ele [Adélio] foi para cumprir a missão. Pelo que ouvi dizer, a polícia civil de Juiz de Fora está bem mais avançada que a PF nas investigações. O depoimento que ouvi do delegado da PF que está tocando o caso é para abafar o caso. Dá a entender que age como defesa do criminoso. Isso não dá para acontecer”, completou o presidenciável.
Sobre a punição a Adélio, Bolsonaro disse que “tem que ser o que está na lei”. No entanto, disse que “quando for presidente” tornará equivalentes as penas para tentativa de homicídio e homicídio.
“Ele quase me matou. Porque a pena tem que ser diferente do homicídio em si? Vamos mudar isso quando for presidente”, completou.
Bolsonaro disse que terá alta até o dia 30 de setembro, mas que não fará campanhas na rua. Ele também afirmou que fará transmissões ao vivo em seu canal no horário eleitoral gratuito assim que estiver em sua casa, no Rio de Janeiro.
“Não posso ir para a rua, peço a compreensão dos amigos. Planejo fazer live todos os dias a partir do dia primeiro. Na última que fiz tinha 275 mil presentes. Eles acreditam na nossa proposta ‘a verdade acima de tudo'”.
Fonte: Folha de São Paulo.