1
2018
CEARÁ – ALERTA: Ceará já registrou 25 casos de morte por GRIPE, 11 por Influenza.
MONITORAMENTO DA “SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)” POR INFLUENZA. Divulgado através do Boletim Epidemiológico da Influenza até 27 de Abril de 2018.
Atualmente a vigilância da influenza no Ceará é composta por: 1) vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG); 2) vigilância sentinela da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em UTI e 3) vigilância universal dos casos de SRAG hospitalizados. O objetivo da vigilância é a identificação do vírus da influenza e/ou outros vírus respiratórios.
A influenza é uma doença infecciosa aguda, de origem viral que acomete o trato respiratório, de elevada transmissibilidade, distribuição global e comportamento sazonal. Um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida. Em geral, tem evolução autolimitada, podendo, contudo, apresentar-se de forma grave que é denominada de SRAG.
O vírus influenza é capaz de provocar epidemias recorrentes e pode evoluir com pandemias quando um novo vírus se dissemina em uma população que não apresenta imunidade. No Ceará, o período de maior sazonalidade dá-se no primeiro semestre do ano
Cenário epidemiológico da SRAG por influenza no Ceará – Semana Epidemiológica 17/2018*
No Ceará, já foram notificados 281 casos de SRAG até 25/04/2018. Dentre estes, 32,4% (91/281) foram causados pelo vírus influenza, 21,0% (59/281) SRAG não especificada, 2,9% (8/281) por outros vírus/agentes etiológicos e 43,8% (123/281) dos casos de SRAG encontram-se em investigação.
Na tabela 1, podemos observar a distribuição dos casos de SRAG por influenza, segundo subtipo em 2018.
Tabela 1. Distribuição dos casos de SRAG por influenza segundo subtipo, Ceará, 2018*
No ano de 2017 foram notificados 286 casos de SRAG, sendo 12,6% (36/286) causados pelo vírus da Influenza. Dentre os casos notificados, 63,6% (102/286) por outros vírus respiratórios e 47,2% (135/286) foram encerrados como SRAG sem etiologia especificada.
A SITUAÇÃO É PREOCUPANTE.
Em 2018, até a SE 17*, foram registrados 25 óbitos por SRAG. Destes, 44,4% (11/25) foram causados por influenza (A H1N1), 4,0% (1/25) por outros agentes etiológicos, 20,0% (5/25) não tiveram a etiologia especificada e 32,0% (8/25) em investigação.
Dentre os óbitos por influenza, 54,5% ocorreram em pacientes do sexo feminino e 45,5% no sexo masculino, sendo as faixas etárias mais acometidas a de 1 a 4 e 60 anos e mais (mediana 48 anos), com 27,3% e 36,4% dos óbitos, respectivamente (Tabela 3). Os pacientes que evoluíram para óbito eram residentes dos municípios de Aracati (01), Eusébio (02), Fortaleza (04), Iracema (01), Milhã (01), Paraipaba (01) e Solonópole (01). Nenhum dos óbitos tinha histórico de vacina e 54,5% apresentavam fatores de risco. Quanto ao uso do Tamiflu®, apenas três (27,2%) iniciaram o tratamento em tempo oportuno, porém os mesmo apresentavam um ou mais fatores de risco relacionados com SRAG.
Confira a informação publica pelo Governo do Estado:
Confira o Boletim Epidemiológico Influenza, divulgado no dia 27 de abril. Click Aqui
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado/CE.