19
2017
BRASIL – Marcelo Odebrecht deixa prisão para cumprir prisão domiciliar.
O avião com o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, decolou do Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba, às 13h08 desta terça-feira (19). O destino, agora, é São Paulo capital, onde ele deve cumprir pena domiciliar no bairro Morumbi.
Marcelo deixou a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, às 9h52 desta terça-feira. Às 9h59, ele chegou à sede da Justiça Federal (JF), também na capital paranaense, onde colocou tornozeleira eletrônica. O equipamento lhe dará o direito de cumprir o restante da pena em casa.
A audiência terminou por volta das 12h40. Da Justiça, Marcelo seguiu em um carro particular para o aeroporto, que fica em uma região residencial de Curitiba e não recebe voos comerciais.
O advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo, disse, logo ao fim da audiência, que “voltar ao convívio familiar é algo de extrema importância para Marcelo Odebrecht”. Bulhões declarou ainda que, a partir de agora, um dos objetivos de Marcelo será colaborar com a Justiça.
“Ele reiterou a nós, seus advogados, que o grande objetivo da vida dele nesta nova fase de sua vida é voltar ao convívio familiar, algo muito caro para ele, e ser efetivo em sua colaboração. Ele não tem qualquer outro objetivo”, afirmou.
O empresário foi preso em 19 de junho de 2015, quando foi deflagrada a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes. Ele terá que pagar R$ 149 pela manutenção da tornozeleira mensalmente à Justiça Federal do Paraná.
O equipamento vai monitorar os passos de Marcelo Odebrecht pelos próximos sete anos e meio. O prazo foi determinado no acordo de delação premiada que ele firmou com a Justiça, em troca de contar o que sabia sobre os esquemas ilegais que as empresas da família dele participaram.
Além disso, ele teve que pagar multa de R$ 73,3 milhões à Justiça.
Marcelo Odebrecht foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão em dois processos, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa e deixa a prisão graças a um acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e do qual participaram outras 76 pessoas ligadas à Odebrecht.
O acordo determina que Marcelo cumpra uma pena total de 10 anos, incluindo o tempo em que ficou detido no Paraná.
Fonte: G1.
O herdeiro de uma das maiores empresas do país deverá seguir preso, no chamado regime fechado diferenciado. Nele, o ex-presidente da Odebrecht vai ficar detido na casa dele, em São Paulo, pelos próximos dois anos e meio. Em seguida, ele terá direito à progressão de regime.