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2017
CEARÁ -Novos carros da polícia têm problemas mecânicos e geram reclamações; SSPDS aprova.
Um mês após o Governo do Ceará entregar 329 novos carros para compor a frota da segurança pública, “pelo menos” 30 veículos já estão fora das ruas devido colisões e problemas mecânicos, segundo denuncia a Associação dos Profissionais de Segurança (APS). Policiais também reclamam da baixa potência do motor, do desconforto e do elevado consumo de gasolina das novas viaturas. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que os carros foram aprovados pela polícia e que, atualmente, somente cinco automóveis estão no conserto.
Os novos carros da polícia do Ceará, modelo Renault Duster, foram entregues no dia 11 de julho. Ao todo, o governo investiu mais de R$ 28 milhões na compra dos veículos e dos equipamentos automotivos. Atualmente, a frota da Segurança Pública é composta por carros do tipo utilitário esportivo (conhecido como SUV) modelo Renault Duster e as caminhonetes Toytota Hillux; as Hillux, segundo agentes de segurança ouvidos pelo G1, são “melhores para o trabalho policial”.
No mesmo dia da entrega dos 329 automóveis, dois carros da Polícia Militar colidiram na Região do Cariri. Durante o percurso, na cidade de Ocara, um dos veículos teve um dos pneus furados, e a viatura que vinha logo atrás bateu. Os carros precisaram ser levados para reparos.
No dia 30 de julho, um veículo apresentou problemas mecânicos e incendiou durante uma patrulha na rodovia CE-065, em Maranguape. Os próprio policiais utilizaram baldes com água e mangueira para controlar as chamas. O carro ficou destruído. Ninguém ficou ferido.
Consumo de gasolina
O presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), sargento Reginauro Sousa, diz que os policiais militares que passaram a trabalhar com os novos carros têm apresentado reclamações quanto ao desempenho do Duster nos patrulhamentos. Uma das queixas é o elevado consumo de gasolina, em comparação com as antigas caminhonetes. O SUV está percorrendo, em média, quatro quilômetros com um litro de gasolina. Segundo a APS, isso faz com que os carros tenham que permanecer mais tempo parado a fim de economizar combustível.
“É um consumo muito alto para o policiamento ostensivo, que pede que a viatura esteja se deslocando ao máximo nas ruas. Então, com esse consumo maior e o custo no orçamento, a tendência é que a viatura fique mais tempo parada. E isso não é bom para a segurança pública. Precisamos de uma viatura cada vez mais em movimento. Porque se a viatura fica mais tempo parada, isso causa uma sensação de insegurança”, comenta.
Já a Secretaria da Segurança informou que os automóveis policiais “têm autonomia para percorrer sete quilômetros com um litro de gasolina”.
Fonte: G1.CE