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2017
CEARÁ – POLÍTICA: “Eleições diretas não mudarão o cenário da política”, defende a líder do movimento Crítica Radical
A ex-vereadora de Fortaleza e militante de esquerda, Rosa da Fonseca, que está à frente do movimento Crítica Radical, acredita que os escândalos envolvendo o atual presidente do país, Michel Temer (PMDB), e o presidente nacional licenciado do PSDB, senador Aécio Neves, são uma comprovação de que o sistema político brasileiro faliu.
O presidente da empresa JBS, Joesley Batista entregou gravações ao Ministério Público Federal (MPF), em que o atual presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB) consente pagamento ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao seu operador Lúcio Funaro para que não denunciassem irregularidades.
Além disso, as gravações também registram pedidos de propina de Michel Temer e do presidente nacional licenciado do PSDB, o senador Aécio Neves.
“É evidente que as gravações são verdadeiras. Essa situação envolvendo o atual presidente e o Aécio Neves expressa a falência da política no Brasil”, justifica Rosa da Fonseca.
A militante ainda diz o que poderia ser a solução para a crise política que o país vem enfrentando, que é transformar as relações sociais, acabando com o capitalismo. “O ideal seria que as relações humanas passassem por uma transformação, que o trabalho não seja para render capital, porque queremos uma sociedade em que o dinheiro não seja o mediador”, esclarece.
Apesar de ser militante de esquerda, Rosa não concorda com o que o movimento pede, que são as eleições diretas. A ex-vereadora afirma que isso não mudaria de fato o atual cenário da política. “A alternativa para solucionar essa situação é criar um movimento social, prático e concreto, o nosso objetivo é a emancipação humana”, enfatiza.
Pedido de suspensão de inquérito
Neste sábado (20), em seu segundo pronunciamento, o presidente Michel Temer atacou Joesley Batista e anunciou que apresentará pedido ao Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito aberto contra ele na Corte. Ele considerou a gravação como “clandestina” e atacou o delator, a quem chamou de “falastrão”.
Fonte: Tribuna do Ceará.