O dia começou com a notícia da morte do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig), Walace Belmiro Fernaziari. Ele foi encontrado morto a tiros dentro do carro, próximo à garagem da Viação Sanremo, no bairro Alvorada, em Vila Velha.
Com isso, os ônibus da Grande Vitória, que chegaram a sair das garagens de manhã, voltaram para os terminais e a circulação foi interrompida. De madrugada, a sede da Rede Gazeta, em Vitória, foi atingida por disparos.
Representantes das mulheres que protestam na porta dos Batalhões se reuniram com representantes do Governo para discutir e apresentar propostas. A reunião começou às 14h e ainda não acabou. Do lado de fora, comerciantes e moradores do Centro de Vitória fizeram um ato.
E enquanto o policiamento não volta, homens das Forças Armadas e da Força Nacional fazem a segurança dos capixabas. Tanques das Forças Armadas foram vistos nas ruas de Vitória e Vila Velha.
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) quer identificar os responsáveis pela paralisação da Polícia Militar, e, consequentemente, pelos gastos que a União está tendo ao enviar tropas para o Espírito Santo. Segundo o Código Civil, a União pode ser ressarcida caso se apure que o prejuízo foi causado por ato ilícito.
As Guardas Municipais também estão trabalhando para garantir a segurança. Nesta tarde, um homem foi preso após fugir de uma abordagem da Guarda Municipal com uma caminhonete S10 roubada e causar acidentes, na orla da Praia de Camburi, em Vitória. Outro motorista filmou parte da perseguição. O suspeito foi preso.
A pressão pela volta do policiamento também tem vindo de dentro dos quartéis. Um vídeo gravado em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, mostra o tenente-coronel Alexandre Quintino fazendo um apelo para que os PMs voltem às ruas. “Pelo amor de Deus, vamos trabalhar, vamos para a rua, esse movimento mostrou que nós somos capazes, esse movimento mostrou a força da PM”, disse.
Um trabalhador, arrependido de ter aproveitado a falta de policiais militares nas ruas para saquear produtos de lojas de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, procurou a delegacia para devolvê-los. “No momento, eu vi aquele arrastão, tudo aquilo acontecendo e acabei me deixando levar, pegando uns pertences que estou devolvendo”, contou.
Fonte: G1.ES