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2016
SOBRAL -NOTA 10| Hospital Amigo da Criança: Santa Casa de Sobral é recertificada por promover ações que incentivam o aleitamento materno.
Instituição é certificada desde 1991 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Ministério da Saúde. O relatório final de re-certificação foi recebido neste mês de dezembro.
O leite materno é o alimento mais completo para os bebês nos primeiros meses de vida. Além de gerar melhor nutrição, evita infecções respiratórias, diarreias, diminui risco de alergias e de desenvolvimento de doenças como obesidade, colesterol alto e diabetes. A Santa Casa de Misericórdia de Sobral aposta em ações continuadas para promover o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança, com iniciativas como “Mãe Canguru”, “Ilha do Peito” e palestras educativas para que as mães aprendam a melhor forma de amamentar os bebês.
A Santa Casa recebeu relatório final de re-certificação neste mês de dezembro como Hospital Amigo da Criança, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Ministério da Saúde. A maternidade Sant’Ana possui o título desde 1991 e é vinculada ao Rede cegonha desde 2012. Mensalmente, quase 400 partos são feitos na maternidade. O processo foi acompanhado no hospital pela diretora de enfermagem, Lucila Maria Albuquerque, e pela equipe de coordenação da maternidade.
Para ser certificado, o hospital cumpre os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”, o Cuidado Amigo da Mulher e uma série de outros requisitos que buscam a adequada atenção à saúde da criança e da mulher. A iniciativa tem como objetivo promover, proteger e apoiar o aleitamento materno através da revisão continuada de políticas de práticas e rotinas em serviços de saúde materno-infantil.
As Coordenadoras da Maternidade Sant’Ana, Mikaely Arruda e Emanuele Lopes, explicaram que o maior ganho da iniciativa é para as mães que aprendem como implementar os cuidados com os bebês e para as próprias crianças, que têm reduzido o risco de adoecimento. “A mãe permanece com o bebê, gerando afeto e promovendo um desenvolvimento mais rápido da criança”, ressaltou Emanuele. Todo o processo é humanizado, de acordo com Mikaely. “Temos um parto humanizado e um acompanhamento para as mães e bebês dentro e fora do hospital”, disse.
Ação continuada
O hospital realiza ainda diariamente grupos educativos nas enfermarias e na Casa da Mamãe, onde permanecem as mães cujos filhos ainda estão internados na maternidade. Há ainda a prática do alojamento conjunto de mães e bebês e livre acesso dos pais à criança. Os temas das palestras educativas são aleitamento materno, cuidados com a gestante, puérperas e recém-nascidos, além de imunização para mãe e filho. Os profissionais utilizam álbuns educativos, seios-cobaia. Há ainda uma cartilha de aleitamento materno e são entregues kit’s sobre o tema.
A equipe multidisciplinar da Maternidade Sant’Ana é composta por enfermeiras, médicos, auxiliar de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Os profissionais promovem os testes da orelhinha e da linguinha para melhor a sucção dos bebês.
Outra iniciativa é a doação de leite materno para pasteurização e posterior utilização pelos bebês da maternidade e das UTI’s neonatal. Com a iniciativa “Ilha de Leite”, quase todo o leite consumido pelos bebês vem de doação. As mães recebem diploma de Mães Doadoras
Dez passos para o sucesso do aleitamento materno
Passo 1 – Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde;
Passo 2 – Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para implementar esta política;
Passo 3 – Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno;
Passo 4 – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento; conforme nova interpretação: colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães, imediatamente após o parto, por pelo menos uma hora e orientar a mãe a identificar se o bebê mostra sinais de que está querendo ser amamentado, oferecendo ajuda se necessário;
Passo 5 – Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas dos filhos;
Passo 6 – Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica e/ou de nutricionista;
Passo 7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e recém-nascidos permaneçam juntos – 24 horas por dia;
Passo 8 – Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda;
Passo 9 – Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a recém-nascidos e lactentes;
Passo 10 – Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade; conforme nova interpretação: encaminhar as mães a grupos ou outros serviços de apoio à amamentação, após a alta, e estimular a formação e a colaboração com esses grupos ou serviços.
Fonte: Assessoria de Comunicação/stacasa.com.br