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2016
MUNDO – Eleições 2016: EUA vão às urnas na terça-feira para escolher novo ocupante da Casa Branca
A votação desta terça-feira, que levará Donald Trump ou Hillary Clinton à Casa Branca, é o desfecho de um processo complexo, que dura desde o início do ano. O sistema americano, de voto por meio do colégio eleitoral, foi criado no século 18 pelos fundadores dos Estados Unidos, que se diziam preocupados com a possibilidade de os cidadãos não terem bom julgamento no momento de eleger seu presidente.
Em termos gerais, os principais partidos — Democrata e Republicano — organizam primárias para escolher seus candidatos e, em seguida, fazem uma convenção para confirmar a indicação de quem recebeu mais votos. O país vai às urnas após uma campanha nacional milionária, de três meses e meio de duração. São necessários 270 delegados para ser eleito. Projeções apontam que Hillary tem um “piso” de 256; Trump, de 157. Os demais 125 estão em jogo.
Antes mesmo do 8 de novembro, mais de 27 milhões de americanos já votaram, boa parte delas sem ter de ir às urnas, por causa do sistema de early voting, que garante votação antecipada, presencial ou por correio. Esse método assegura o comparecimento dos eleitores que não podem deixar o trabalho e evita a formação de grandes filas no grande dia da eleição — que, desde 1845, sempre é marcada para a terça imediatamente após a primeira segunda-feira de novembro.
Dos 50 estados americanos, 43 permitem a votação antecipada. Em seis, é necessário justificar a necessidade. Críticos do sistema de escolha pelo correio apontam problemas, tais como uma possível violação do princípio do voto secreto e a abertura de oportunidade para a compra de votos.
O sistema de votação a distância é que permite ao cidadão norte-americano votar no exterior. O interessado precisa pedir a cédula com antecedência. O voto é contabilizado no distrito onde o eleitor manteve residência pela última vez. Em 39 estados, por sinal, a participação no processo eleitor é possível ainda que o cidadão jamais tenha morado nos Estados Unidos, desde que tenha cidadania.
Fonte: Correio Braziliense.