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2016
BRASIL – A briga já começou no Governo Temer: Paulinho chama de “estapafúrdias” as ideias de Meirelles para a Previdência
A briga no Governo Michel Temer começou mais cedo do que imaginávamos. O Deputado Paulinho da Força Sindical, o “Paulinho Papo Furado”, soltou os cachorros em cima do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Veja a confusão:
Presidente nacional da Força Sindical e um dos principais articuladores do processo de impeachment, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, classificou nesta sexta-feira (13), por meio de uma nota, de “estapafúrdias” as propostas de reforma na Previdência Social defendidas pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O novo comandante da economia, que tomou posse nesta quinta (12), passou a defender que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo INSS. De acordo com Meirelles, a medida é fundamental para garantir o financiamento da Previdência.
Integrante da “tropa de choque” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, Paulinho afirmou no comunicado divulgado à imprensa que a Força Sindical “repudia” qualquer tentativa de reforma na Previdência que retire direitos dos trabalhadores. Para ele, as propostas do novo titular da Fazenda para a área previdenciária são “inoportunas” (leia abaixo a íntegra da nota).
“A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores”, escreveu Paulinho em um dos trechos da nota.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo deputado Paulinho da Força:
Ideias estapafúrdias de Meirelles sobre a Previdência
A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores. As afirmações do ministro da economia, Henrique Meirelles, divulgadas hoje em veículos de comunicação, revelando a intenção de implantar a idade mínima para as aposentadorias, são inoportunas.
A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores.
A implantação da regra 85/95 progressivamente, implantada por Dilma, vai dificultando cada vez mais a aposentadoria. É bom lembrar que o governo Dilma já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria. Isto porque começou a ser aplicada a fórmula 90/100 para mulheres e homens, com a soma da idade e do tempo de contribuição. Esta fórmula torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com idade inferior a 65 anos.
Entendemos que qualquer mudança na Previdência deva ser amplamente discutida com a sociedade, e com os representantes dos trabalhadores, de forma democrática e transparente. Reafirmamos que não aceitaremos, em hipótese alguma, uma reforma feita na calada da noite, com o intuito de mexer nos direitos adquiridos.
A Previdência Social é um patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração tem como princípio que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para ter uma vida digna. Vamos resistir a mais este ataque a direitos e conquistas que, a duras penas, foram acumulados ao longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.
Acreditamos que o atual presidente, Michel Temer, seguirá os caminhos acordados com os trabalhadores e com as Centrais Sindicais nas reuniões realizadas recentemente, de manutenção de direitos e de articulação pelo crescimento do País e pela geração de empregos.
Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma sensata e justa de distribuição de renda.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical