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2015
BRASIL – CORRUPÇÃO: Delator na Lava Jato afirma ter repassado R$ 300 mil a Aécio Neves
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi acusado, na delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, de ter recebido R$ 300 mil a mando do doleiro Alberto Youssef, um dos principais investigados da Operação Lava Jato. A informação é foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Folha de S.Paulo.
O delator, que, a serviço do doleiro, realizava repasses de dinheiro para políticos, afirmou que entregou R$ 300 mil ao diretor da empreiteira UTC, Antonio Carlos D’Agosto Miranda, para que fossem entregues ao senador tucano. A empresa também é investigada na Lava Jato por participação em desvios de recursos da Petrobras.
Em seus depoimentos à Lava Jato, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o diretor financeiro da empresa, Walmir Pinheiro Santana, não citaram Aécio Neves. Porém Rocha defendeu que, ao entregar o dinheiro, Miranda desabafou que “não aguentava mais” a cobrança da “pessoa” pela verba. Ao ser indagado sobre quem era a “pessoa”, Miranda teria citado Aécio Neves.
Defesa de Aécio
Ao saber da acusação, o senador tucano divulgou nota através da página no Facebook, leia na íntegra:
Folha de S. Paulo traz em sua edição dessa quarta (30/12/15) matéria sobre a declaração de uma pessoa que teria prestado serviço a Alberto Youssef, que diz ter ouvido de um diretor da empresa UTC que o senador Aécio Neves teria sido, uma vez, o destinatário de recursos da empresa.
Essa absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação, já foi desmentida três vezes: pela empresa, que afirmou na própria matéria da Folha “que a acusação não tem fundamento”, pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, que em delação premiada relacionou os políticos que teriam sido beneficiados pela empresa – entre eles não está o senador Aécio Neves – e por Youssef, que anteriormente, através de seu advogado, já havia afirmado que não conhece o senador e nunca teve com ele qualquer tipo de relação ou negócio, posição reafirmada por ele em depoimento prestado à Policia Federal.
A falsidade da acusação pode ser constatada também pela total ausência de lógica: o senador não exerce influência nas empresas do governo federal com as quais a empresa atuava e não era sequer candidato à época mencionada. Além disso, a UTC não executou nenhuma obra vinculada ao Governo de Minas Gerais no período em que o senador governou o estado.
O senador não conhece a pessoa mencionada e de todas as eleições que participou a única campanha que recebeu doação da UTC foi a de 2014, através do comitê financeiro do PSDB.
Trata-se de mais uma falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB, confundir a opinião pública e desviar o foco das investigações, como ocorreu no caso do senador Antonio Anastasia. Não deixa de ser curioso observar que essa nova falsa denuncia surge exatamente um ano depois da que atingiu injustamente o senador Anastasia, coincidentemente durante período de recesso das instituições.
Em respeito ao país e ao importante trabalho que vem sendo desenvolvido pela Operação Lava Jato, é importante que sejam investigadas as verdadeiras motivações daqueles que misturam denúncias verdadeiras com afirmações nitidamente falsas, sem nenhum tipo de comprovação, desmentidas até mesmo pelas próprias pessoas citadas pelo denunciante, com o claro intuito de tumultuar as investigações.
Fonte: Ceará News7.