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2015
MUNDO – FIFA: Polícia da Suíça prende 7 dirigentes da Fifa, incluindo José Maria Marin
A polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira (27), em Zurique, na sede da Fifa, sete dirigentes da entidade acusados de corrupção. Entre eles está José Maria Marin, ex-presidente da CBF e membro do comitê executivo da Fifa. Os sete detidos são membros da Conmebol ou da Concacaf, as confederações de futebol das Américas.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não está entre os investigados.
Quatorze pessoas – nove dirigentes da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo – são acusados de crimes como extorsão e lavagem de dinheiro.
As três principais linhas de investigação são:
1 – o pagamento de propina dos organizadores das copas da Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, a dirigentes da Fifa para garantir que os países fossem escolhidos como sedes.
2 – o superfaturamento do contrato da CBF com uma empresa de fornecimento de material
esportivo.
3 – a compra de direitos de transmissão por agências de marketing esportivo dos seguintes campeonatos: Copa América Centenária, edições da Copa América, Libertadores da América e Copa do Brasil (torneio de clubes brasileiros).
A investigação americana é conduzida há três anos pelo FBI e abrange casos de corrupção na Fifa durante os últimos vinte anos. O esquema de corrupção teria movimentado mais de US$ 150 milhões. Todos os presos serão extraditados para os Estados Unidos.
O Departamento de Justiça americano afirma que seis acusados já se declararam culpados, entre eles José Hawilla, que já está condenado no processo e é dono da empresa de marketing esportivo Traffic, que negocia direitos de competições com a Conmebol, Concacaf e a CBF. Hawilla é também acionista da TV Tem, uma das afiliadas da TV Globo.
Está mantida para esta sexta (29), a eleição para presidente da Fifa. Joseph Blatter está à frente da entidade desde 1998 e deve ser reconduzido para o quinto mandato. O diretor de comunicação da federação, Walter De Gregorio, isentou Blatter de todas as acusações e disse que ele está tranquilo, mas não está “dançando no escritório”. Ele colabora com as investigações, segundo De Gregorio.
O único adversário na eleição, o príncipe da Jordânia, Ali bin al Hussein, afirmou que hoje é um dia triste para o futebol.
(Via G1)